Em primeiro lugar, o consumo de remédio vencido pode sim ser prejudicial para a saúde. Portanto, para usufruir da máxima eficácia precisa-se verificar com frequência o prazo de validade nos rótulos e bulas. Ademais, o descarte adequado dos que não estão mais aptos para consuno também faz-se fundamental.
No geral, o cálculo de validade acontece por meio de testes específicos e um controle rigoroso. Como consequência, cada substância apresenta suas particularidades. Apesar disso, o consumo de remédio vencido envolve principalmente uma diminuição na eficácia da substância ativa.
Em outras palavras, pode-se comprometer todo um tratamento e ainda criar resistência gradativa, dependendo do medicamento. Além disso, não existem efeitos tóxicos na maior parte dos casos. Entretanto, a degradação natural após a validade da substância pode formar toxicidade por meio de reações químicas.
Como exemplo pode-se citar a aspirina, que na medida em que envelhece origina o salicilato, um produto abrasivo e agressivo ao organismo. Portanto, mediante o vencimento precisa-se descartar o medicamento para evitar riscos. Comumente, o descarte acontece nas próprias farmácias, que lidam com o produto de forma adequada e previnem a contaminação do solo ou da água.
Remédio vencido x eficácia
De forma geral, o problema está mais na possibilidade do medicamento não ser mais tão potente quanto deveria, já que os laboratórios fabricantes – que realizam os teste com o remédio – só garantem a eficácia do produto até o final de sua vida útil.
Por outro lado, um estudo realizado nos Estados Unidos, pela agência americana de medicamentos e alimentos (FDA, em inglês), descobriu que dos 100 remédios vencidos analisados, 90% ainda eram seguros para o consumo mesmo depois do prazo de validade ter expirado.
Aliás, os testes revelaram que esses medicamentos ainda poderiam ser consumidos durante 15 anos. Para a análise, foram levados em consideração remédios sem necessidade de prescrição médica.
Remédio vencido x bom senso
Para os médicos e especialistas na fabricação de remédios, o que manda na hora de consumir ou não remédio vencido é o bom senso. Você não vai morrer se tomar um comprimido de aspirina, ou de outro medicamento vendido sem prescrição médica (para coisas simples do dia a dia), dias depois do vencimento.
No entanto, meses após o prazo de validade, pode não ser prudente consumir o medicamento. Ele pode não fazer efeito e pode ainda não estar próprio para o consumo, já que certos remédios vencidos podem acabar estimulando a produção de bactérias.
Os antibióticos com potência reduzida, aliás, podem não atacar as infecções, desencadeando doenças mais graves e aumentando a resistência ao remédio.
Da mesma forma são os medicamentos de uso sistemático e com funcionalidades mais sérias. Eles não devem nunca ser consumidos fora da data de validade limite, já que garantem a qualidade de vida de pacientes e, quando vencidos, podem não ser mais tão eficientes. Esse é o caso da insulina, da nitroglicerina, de antibióticos e assim por diante.
Como você armazena seus medicamentos?
Mas, claro, se você não respeita as instruções de uso e de armazenamento dos remédios, não adianta nada eles estarem dentro da vida útil. Remédios contêm substâncias químicas estáveis e instáveis, dependendo da composição e do meio em que se encontram.
Umidade, temperatura e incidência de luz solar, são apenas alguns exemplos que podem reagir com essas substâncias e modificar as estruturas químicas dos medicamentos, mesmo quando eles ainda não estão vencidos. Logo, além de ficar de olho na data de validade dos medicamentos que você tem em casa, não deixe de prestar atenção na forma como você os armazena, já que isso também pode reduz a eficiência das substâncias no organismo.
E aí, aprendeu sobre os riscos de consumir remédio vencido? Então leia sobre Sangue doce, o que é? Qual a explicação da Ciência.
Fontes: BBC
Imagens: Veja
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