Para entender o que é criovulcão é importante entender sua composição e diferença com os vulcões comuns. Nesse sentido, um criovulcão também recebe o nome de vulcão de gelo. Portanto, se trata de uma formação geológica cuja erupção envolve substâncias voláteis.
Ou seja, ao invés de expelir lava como um vulcão comum, essas estruturas estouram com água, amônia ou metano, por exemplo. Sendo assim, chama-se essa erupção de criomagma ou criolava. Ademais, há aqueles que definem como derretimento vulcânico de gelo, em especial porque as substâncias estão em formato líquido.
Posteriormente, essas substâncias voláteis do criovulcão podem formar plumas, ou então entrar em formato de vulcão. No geral, a erupção dessa estrutura envolve o criomagma tornando-se um sólido, principalmente quando exposto a um ambiente com temperatura muito baixo.
Além disso, é mais comum encontrar a formação de criovulcões em luas geladas, assim como em espaços com água em grandes quantidades. Como exemplo, pode-se citar Plutão, que faz parte da linha de geada e apresenta essas estruturas ainda que seja um planeta anão.
Origem e formação de um criovulcão
A princípio, os criovulcões surgem em corpos frios com abundância de água, especialmente nas luas no Sistema Solar. No geral, a região da linha de geada apresenta maior presença dessas formações geológicas. Em resumo, se trata de uma distância particular numa galáxia onde está frio suficiente para haver volatização de compostos específicos.
Como exemplo, água, amônia, metano, dióxido de carbono e outros que fazem parte do criomagma. Consequentemente, há condensação desses compostos em grãos de gelos sólidos. Apesar disso, a temperatura real e a distância para a linha de geada é algo cujo cálculo varia de acordo com o modelo teórico, pois se tem poucas informações sobre isso.
Nesse sentido, Tritão é uma das luas de Netuno com grande presença de criovulcões. Sobretudo, a missão da Voyager II em 1989 com um voo rasante sobre a superfície mostrou parte dessas estruturas. Ademais, a sonda Cassini em novembro de 2005 revelou um criovulcão na lua Encélado, em Saturno.
Porém, há ainda relatos de criovulcanismo em outros corpos celestes, como Titã, outra lua de Saturno. Ainda que se saiba pouco a respeito dessas formações, porque não são naturais na Terra como os vulcões, existem pesquisas em desenvolvimento no mundo. No caso do criovulcão em Tritão, a missão observou erupções que tinham mais de 8 quilômetros de altitude acima da superfície.
Por outro lado, na lua Encélado existem criovulcões que ultrapassam o marco de 12 quilômetros de altitude. Sobretudo, as formações compartilham a energia proveniente da fricção das marés e do calor que se acumula no núcleo das luas. Sendo assim, surge uma distorção no campo gravitacional desses corpos gasosos por decorrência dos planetas que orbitam.
Curiosidades sobre essas formações
No geral, existem criovulcões que possuem camadas translúcidas de gelo. Sendo assim, a distorção no campo gravitacional causa um aquecimento do material abaixo delas, como uma estufa. Dessa forma, a propriedade isolante dessas luas e dessas camadas de gelo acabam retendo o calor.
Posteriormente, surgem gases pressurizados no interior que para escapar formam um criovulcão, como uma forma de encontrar rota para superfície. Ou seja, é semelhante ao vulcão terrestre, que se livram do magma em acúmulo em situação de alta temperatura e pressão por meio da erupção de lava.
Antes de mais nada, estima-se que o primeiro criovulcão teve identificação em Tritão, no polo sul dessa lua de Netuno. Curiosamente, se trata de um corpo formado com faixas claras de nitrogênio na superfície. Apesar disso, os cientistas estão estudando melhor essas formações.
Nesse sentido, existe muito potencial para o campo de estudo porque as luas são formações ancestrais que permitem um monitoramento mais próximo. Em outras palavras, o surgimento de um criovulcão tem identificação fácil porque são estruturas de detecção notável em poucas horas.
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