Você sabe sobre a origem dos presentes de Natal? Uma das tradições mais conhecidas e religiosamente cumpridas na época do Natal é a oferta de presentes. Mas quando essa prática começou e o que a originou? A noção mais popular e predominante é que a tradição começou como uma comemoração cristã.
No entanto, a distribuição de presentes começou muito antes do Natal ser definido como um dia para lembrar o nascimento de Cristo. Embora o Natal tenha se tornado uma tradição no século IV, dar presentes durante os feriados é de origem romana.
E aí, vamos saber um pouco mais sobre a origem de presentear no Natal? Boa leitura!
Qual é a origem da tradição dos presentes de Natal?
Origem pagã
A tradição de dar presentes no Natal tem raízes que começam na Saturnália, uma celebração romana, pagã, que acontecia de 17 a 23 de dezembro em homenagem ao deus Saturno. Durante essa festividade, marcada por banquetes, jogos e a suspensão temporária de normas sociais, a troca de presentes simbolizava votos de boa sorte e prosperidade para o ano seguinte.
Os itens escolhidos eram geralmente simples, como velas, vinhos, frutas e nozes, responsáveis por refletir o espírito de generosidade e gratidão. A escolha do presente, contudo, tinha um significado especial. Presentes modestos, mas simbólicos, indicavam respeito e consideração por um amigo ou parente, enquanto presentes de alto valor poderiam ser vistos como uma tentativa exagerada de impressionar.
Por fim, embora os homens fossem os principais participantes na troca de presentes, as mulheres e crianças também faziam parte da tradição. Após a troca de presentes, era comum os foliões se cumprimentarem com um animado “Io Saturnalia!”, uma saudação que expressava o espírito festivo da época e que pode ser comparada ao nosso “Feliz Natal!”.
Origens cristãs
Reis Magos
Os Reis Magos são, também, associados à tradição de troca de presentes no Natal por muitos cristãos. Segundo a narrativa bíblica, esses sábios vindos do Oriente seguiram uma estrela que os guiou até a manjedoura onde Jesus nasceu.
Ao encontrá-lo, ofereceram presentes de grande significado simbólico: ouro, que representava a realeza de Jesus; incenso, associado à divindade; e mirra, usada em rituais de sepultamento, simbolizando sua futura morte e sacrifício.
Portanto, devido a essa narrativa biblíca, muitos cristãos acreditam firmemente que essa tradição vem da narrativa dos Reis Magos. Inclusive, existem pesquisas relatando que a história foi explorada na Bíblia, por membros do clero, na Idade Média, a fim de fazer reivindicações de presentes.
São Nicolau
São Nicolau tem um papel marcante na história por trás da tradição de presentear no Natal. Ele era um bispo de origem grega, conhecido por sua generosidade e compaixão, principalmente com relação aos mais pobres. Vindo de uma família muito rica, ele usava sua fortuna para ajudar os mais necessitados.
Tendo isso em vista, Nicolau tinha o hábito de oferecer presentes, principalmente a crianças órfãs ou famílias em dificuldade, muitas vezes em segredo, para evitar constrangimentos ou destacar sua própria figura. Essa prática solidária foi tão importante que, ao longo dos séculos, acabou inspirando a figura do Papai Noel, como é conhecido em muitos lugares hoje.
Qual é o significado dos presentes de Natal?
A tradição da troca de presentes no Natal reúne influências tanto cristãs quanto pagãs. Presentear vai além de um simples gesto: é uma expressão de amor, empatia e solidariedade. Esse significado se intensifica quando pensamos em ações voltadas aos menos favorecidos, em que aqueles com mais recursos se dedicam a ajudar quem passa por dificuldades.
Além disso, ainda vale dizer que o ato de presentear pode representar uma maneira concreta de demonstrar afeto e cuidado pelos familiares, especialmente em um período marcado por reflexões e pela busca de conexão e união entre as pessoas.
Como ocorre a troca de presentes no Natal?
No Brasil
Presentear no Brasil é uma tradição que vai além da noite de Natal, o qual compreende todo o mês de dezembro. A troca de presentes pode ocorrer em diversas ocasiões, como confraternizações de amigos, eventos corporativos e encontros familiares, simbolizando carinho e gratidão.
Além disso, a solidariedade também marca a época natalina. Muitas pessoas participam de campanhas organizadas por instituições de caridade, reunindo esforços para levar amor, cuidado e esperança às comunidades mais necessitadas. É comum, por exemplo, a doação de cestas básicas, brinquedos e roupas para crianças e famílias em situação de vulnerabilidade.
Por fim, as celebrações em família também costumam ser animadas por brincadeiras que trazem ainda mais diversão para a data. O amigo secreto é uma das atividades favoritas, seja na versão tradicional, em que os presentes são revelados com suspense, ou em variações mais descontraídas, como o “amigo da onça”, que inclui trocas de presentes inusitados e cheios de humor.
Em outras partes do mundo
A tradição de presentear no Natal é bem conhecida, mas muitos países adaptaram essa prática de acordo com suas culturas e costumes locais. No México, por exemplo, os presentes não são trocados na véspera ou no dia de Natal, como acontece em muitos lugares. Por lá, a troca ocorre no dia 6 de janeiro, o Dia de Reis, que celebra a chegada dos Reis Magos a Belém.
Já nos Estados Unidos, o Natal é sinônimo de presentes cuidadosamente colocados sob a árvore decorada, prática que também é comum no Canadá. Nessas culturas, o momento de abrir os presentes geralmente acontece na manhã do dia 25 de dezembro, principalmente entre as crianças, que acreditam que o Papai Noel os entregou durante a noite.
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- Fonte: Brasil Escola, NSC Total