As Valquírias são virgens guerreiras que pertenciam ao esquadrão de guerra de Odin. Essas feiticeiras místicas carregam muito significado na cultura nórdica.
O símbolo tradicional da Valquíria representa as antigas visões nórdicas sobre a morte e o destino. Elas também simbolizam virtudes e atributos essenciais que os vikings aspiravam e respeitavam. Vamos saber mais sobre elas neste artigo!
Significado do nome Valquíria
A palavra “Valquíria” vem do termo nórdico antigo “valkyrja”, que consiste na palavra “val”, que significa ‘escolher’ e “kyrja”, que significa ‘abate’. Quando combinado, o termo significa literalmente “aquela que escolhe os mortos”.
De acordo com a mitologia escandinava, Valquíria servia a Odin, o principal deus do panteão nórdico, e fazia parte de sua comitiva pessoal. Sua principal responsabilidade era sobrevoar as batalhas e escolher os soldados caídos mais corajosos no campo de batalha.
Depois que eles morrem, as Valquírias os escoltam para os salões sagrados de Valhalla, o vestíbulo dos mortos governado por Odin, onde eles se juntariam aos “einherjar”, um exército que estava se preparando para a batalha apocalíptica de Ragnarok.
O resto dos soldados que morrem em batalha vão para o campo de vida após a morte chamado Fólkvangr, governado pela deusa Freya.
Aparência e características das Valquírias
Os registros que temos descrevem as Valquírias como mulheres vestindo trajes elegantes e régios feitos com penas de corvo ou cisne. Contudo, quando há uma guerra, elas vestem suas armaduras que consistem em escudos, elmos e espartilhos de cota de malha.
De acordo com algumas histórias, eles podem até criar asas para ajudá-los a voar sobre o campo de batalha. Além disso, as Valquírias aparecem como belas donzelas com características nórdicas típicas: pele branca como a neve, um físico escultural, olhos penetrantes e longos cabelos dourados ou pretos.
Poderes das Valquírias
Os poderes das Valquírias estão diretamente relacionados ao seu dever de escolher o destino dos guerreiros mortos. Enquanto a maioria deles são mortais, filhas da realeza e guerreiros famosos, elas foram agraciadas com poderes mágicos por Odin, governante dos deuses.
Elas tinham o dom da clarividência, que lhes permitia sentir quando um guerreiro morreria. Além disso, elas poderiam influenciar o destino dos mortos adiando sua morte, ou poderiam deixá-los perecer em batalha.
Essas mulheres controlavam o destino dos mortais com teares mágicos feitos com cabeças humanas para pesos, intestinos para fios e flechas e espadas usadas para batedores. Assim, usavam esses materiais para tecer o destino de cada guerreiro em uma tapeçaria que predizia o resultado da batalha.
Valquírias também têm força sobre-humana que as torna lutadoras ágeis e habilidosas. Elas podem se mover sem serem vistas e, segundo algumas histórias, podem assumir a forma de um animal ou pássaro. No entanto, por mais fortes que sejam, elas não têm permissão para lutar nas batalhas que testemunham.
Outra habilidade interessante que as Valquírias tinham era preparar e servir hidromel. O hidromel que elas prepararam não era apenas delicioso, mas tinha propriedades mágicas de cura que melhoravam a memória, curavam feridas e aumentavam a força.
10 curiosidades sobre as Valquírias
1. Elas não eram apenas guerreiras
Pode parecer estranho, principalmente depois de como elas são representadas nos livros, cinemas e quadrinhos. Essa visão que temos de que elas são guerreiras emblemáticas se dá pela influência de diversas obras feitas com utilizando esse mito. Em sua tradução literal, o nome dessas mulheres significava literalmente “escolhedoras de mortos”.
Odin, o deus de todos os deuses da mitologia nórdica, criou as Valquírias para buscarem mortos no campo de batalha, mas não era qualquer soldado.
Os maiores guerreiros de todos os tempos seriam buscados por ela e viveriam sua morte em Valhalla ao lado de Odin. Essa lenda, provavelmente, inspirou muitos jovens a lutarem pelo seu povo e por Odin.
2. Sua origem
A origem das Valquírias é bastante interessante, uma vez que elas eram apenas camponesas mortais e foram elevadas ao status de semideusas. Odin escolhia qual mulher se tornaria uma de suas Valquírias e as levava para junto dele. É bom enfatizar que, geralmente, ele escolhia mulheres nobres.
3. O número de Valquírias
Como já foi visto em diversas adaptações, as Valquírias geralmente estão em grandes números, até mesmo em Thor: Ragnarok. No entanto, os números descritos pela mitologia nórdica eram muito menores.
Algumas vezes eram descritas como 13, às vezes como 9 e por aí vai, sempre número baixos. Os primeiros escritos mostraram que no início existiam apenas 6 delas.
4. A Bela Adormecida
Muitos contos que conhecemos hoje foram baseados em elementos da mitologia de diversos lugares do mundo. A Bela Adormecida está ligado diretamente a um conto de uma Valquíria escrito no século XIII.
A protagonista era Sigrdrifa e participava da batalha contra o rei Hialmgunnar. Odin não queria que ele vencesse a batalha, mas, mesmo assim, ela conseguiu.
Como punição, o deus fez com que ela fosse picada pelo espinho do sono. Não satisfeito em fazer ela dormir para a eternidade, ele envolveu o local onde ele dormia pelo fogo.
Anos se passaram e o cavaleiro Sigurd a encontrou, mas diferente da história que conhecemos, ele não a acordou com um beijo. O bravo guerreiro enfrentou as chamas e percebeu um corpo com armadura de um guerreiro.
Ele não sabia que ela era uma mulher, só que ao tirar a armadura de Sigrdrifa, ela despertou sem memória. O romance nunca aconteceu e em vez de pedir a mão da donzela em casamento, Sigurd pediu sabedoria, uma vez que ela era uma semideusa.
5. Servindo Odin e os guerreiros de Valhalla
Enquanto não aconteciam guerras, as Valquírias acabavam com um tempo ocioso e Odin as incumbiu de servir bebida para ele e todos os guerreiros dignos. A tarefa não era fácil, uma vez que o paraíso dos nórdicos poderia ter até 540 portas. Um trabalho árduo, mas não era só isso que elas faziam.
6. Façanhas
Como foi dito, as Valquírias eram servas de Odin, porém não estavam fadadas a serem criadas do deus. Aliás, em muitas histórias elas decidiram rumos para exércitos e até mesmo mostraram seus poderes tenebrosos.
Em uma história, a guerreira chamada Skuld reanimava exércitos de mortos para batalhar e matar seu irmão. Houve também um momento em que uma delas criou uma chuva de sangue e até mesmo rios de sangue no céu para que navios vikings pudessem remar sobre eles.
7. Capas e asas
Existem muitas representações das guerreiras nórdicas durante o tempo, mas elas não vestiam branco e prata como visto nos filmes da Marvel. Na história da mitologia, elas vestiam capas enormes que eram feitas com penas de corvos e cisnes. Além disso, existem histórias onde suas capas se transformavam em grandes asas para poder voar sobre o campo dos mortos.
8. Virgens
Embora o apresso pela virgindade quase sempre ser sinônimo de pureza, aqui era um pouco diferente. Elas precisavam ser virgens para que pudessem permanecer imortais e servir Odin para todo o sempre.
Entretanto, existem algumas histórias onde elas se envolviam com grandes amores, porém em sua grande maioria, os romances terminava de forma trágica.
9. Aurora Boreal
Por fim, segundo a mitologia nórdica, o brilho deslumbrante que se via em regiões do planeta próximo aos polos; ou seja, as auroras boreais existem por causa da cavalgada das guerreiras. As luzes eram referentes ao brilho de seus escudos e representava o espírito das mulheres guerreiras.
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Fonte: Brasil Escola, Top Tenz, Fatos Desconhecidos