A médica sul-africana, Angelique Coetzee, a primeira a identificar a nova variante ômicron do coronavírus, disse que os pacientes com a doença apresentam leves sintomas. Contudo, é necessário um tempo maior para saber como as pessoas mais vulneráveis reagem a esse vírus.
Segundo a médica, o primeiro registro de um caso com esse vírus foi no dia 18 deste mês. Portanto, o paciente com a variante ômicron apresentava sinais de grande cansaço, dores no corpo, um pouco de dor de cabeça e um arranhão na garganta. Porém, o homem não tossia, e também não perdeu o paladar e nem o olfato.
Ainda de acordo com a doutora, era um caso muito incomum esses sintomas para este paciente. Por isso, ela decidiu que o homem faria o teste rápido e o resultado foi positivo para o coronavírus. Além disso, a família, que teve contato direto com o homem, também fez o mesmo procedimento e também teve a confirmação de que estavam com o vírus.
Os primeiros casos da variante ômicron
Angelique relatou que no mesmo dia que a família teve a confirmação de estar com o coronavírus outras pessoas com os mesmos sintomas também apareceram no hospital. Além disso, testaram positivo para o vírus.
Os pacientes reclamavam de dores no corpo e cansaço bastante intenso, mesmo em pessoas jovens. Ou seja, não são pessoas que correm para o hospital e recebem internação. Sendo assim, os sintomas vêm com pouca intensidade.
Em seguida, Coetzee alertou as autoridades da África do Sul. Razão disso, é que os sintomas não condizem mais com a variante delta, identificada na Índia e depois se espalhou para o mundo.
A confirmação
Depois de uma semana, com as amostras genéticas, teve a confirmação de que era realmente uma nova variante, a B.1.1.529. Após isso, recebeu o nome de variante ômicron.
A médica contou que está no epicentro dos casos desse novo vírus. No entanto, ainda não foi necessária nenhuma internação. Ressaltou também que colegas de trabalho em outras regiões disseram o mesmo.
A variante ômicron no mundo
Além da África do Sul, já houve registros da variante ômicron em lugares como a Alemanha, Austrália, Bélgica, Botsuana, Dinamarca, Holanda, Hong Kong, Israel, Itália, Reino Unido e República Tcheca. Porém, mesmo com a quantidade de lugares, ainda não é um caso para se entrar em pânico, segundo a médica. No entanto, a situação pode mudar daqui a duas semanas.
Já nos países que ainda não tiveram confirmações da variante ômicron, a doutora disse que o vírus ainda pode circular de forma que ainda não foi percebida. Ela afirma que o motivo disso acontecer é porque os profissionais da saúde estão com o foco na variante Delta e estão deixando os novos sintomas passarem.
Angelique contou também que deixaria a variante ômicron passar se fosse a ausência de casos de coronavírus. Aquilo chamou a atenção dela e tentou fazer testes rápidos em pessoas com sintomas mais leves.
Restrições
O Brasil, Canadá, Estados Unidos, Irã e alguns países da Europa colocaram novas restrições para pessoas que vêm do sul da África. Ademais, Israel fechou as fronteiras para estrangeiros e Marrocos suspendeu os voos para o País por duas semanas.
Os médicos se preocupam devido à quantidade de mutações que a variante ômicron apresenta. Sendo assim, são mais de 50. Portanto, há chances de as vacinas não causarem efeito contra ela. Contudo, não houve comprovações em relação a isto.
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