A discussão sobre vulcanismo na Lua retornou à mídia a partir de uma descoberta recente no corpo celeste. A princípio, as primeiras amostras do solo lunar e as primeiras coletas aconteceram através do Chanf’e-5, uma sonda chinesa no espaço. Nesse sentido, as análises mais recentes mostram atividade vulcânica no corpo celeste.
Em resumo, as amostras consistem em 1,73 quilogramas de rocha vulcânica. Mais especificamente, um tipo de basalto cuja datação revelou sua origem há aproximadamente 2 bilhões de anos atrás. Apesar disso, consiste num período mais recente do que as teorias anteriores dos pesquisadores.
Sendo assim, anteriormente eles previam que o vulcanismo na Lua deixou de acontecer há 2,8 bilhões de anos. No entanto, as análises a partir das crateras e os cálculos a respeito da idade de superfícies planetárias mostrou que havia vulcanismo no corpo celeste entre 3 bilhões e 1 bilhão de anos atrás.
Ainda que no senso comum pareça uma diferença insignificante ou pequena, no que diz respeito ao vigor científico, isso significa que se pode calcular informações sobre a origem do Universo com maior facilidade. Ou seja, a partir da datação da Lua, que é o satélite natural da Terra, conseguimos entender mais sobre o Sistema Solar.
Vulcanismo na Lua e atividades sísmicas no satélite
No geral, a principal conclusão dessa pesquisa diz respeito ao tempo de duração do vulcanismo na Lua. Em resumo, durou muito mais do que os cientistas teriam imaginado inicialmente. Com base na análise de 47 fragmentos de basalto coletados pela sonda chinesa, houve ainda registro de água.
Ou seja, a partir dessa presença de água nas amostras é possível entender a formação do manto lunar e a duração das atividades vulcânicas. No entanto, a presença de água é menor nessas amostras do que nas anteriores, o que parece indicar que elas sofreram desidratação durante a atividade vulcânica.
Além disso, os cientistas compararam as amostras mais recentes com as obtidas nas missões Apollo e Luna. Sobretudo, perceberam uma concentração de potássio indicando a presença desse elemento na formação do rico magma lunar. Ademais, existem substância como fósforo e outros químicos que não são vistos com frequência na Terra.
Apesar disso, não existem grandes vulcões na Lua, como se vê aqui na Terra. Em outras palavras, não são geologicamente ativos, mas consistem em estruturas vulcânicas que denunciam mistérios sobre a formação do satélite. Em contrapartida, planetas como Vênus e Marte contam com vulcões geologicamente ativos e até mesmo vulcões extintos.
Portanto, ainda que a noção de 2 bilhões de anos pareça longínqua, é importante lembrar que do ponto de vista científico, o vulcanismo na Lua é contemporâneo ao apogeu dos dinossauros na Terra. Mais ainda, demonstram importantes avanços tecnológicos na análise do espaço. Por outro lado, também deixam espaço para expansão das atividades e estudos.
Curiosidades sobre vulcões no espaço
Antes de mais nada, a presença de vulcões no espaço e em outros corpos celestes é ancestral e anterior aos vulcões da Terra. Desse modo, o vulcanismo na Lua é também um registro histórico e geológico da formação desse planeta. Portanto, entender essas atividades em outros planetas do Sistema Solar é mais uma forma de estudar o Universo.
Nesse sentido, grande parte dos vulcões no espaço se formaram quando o sistema planetário era prematuro. Portanto, existem vulcões extintos, outros em atividades e até alguns em formação por conta das mudanças no espaço sideral. No geral, a lua Io, em Júpiter, é campeã em atividade vulcânica no Sistema Solar.
Sobretudo, é um dos primeiros vulcões em erupção com registro fora da Terra. Curiosamente, algumas das suas crateras em extensão maiores que as grandes metrópoles da Terra. Ademais, as plumas que a lua Io produz chegam a altitudes de quase 500 quilômetros. Em contrapartida, os cientistas tem dificuldade de acompanhar as atividades no local, porque possuem distribuição desigual.
Para além do vulcanismo na Lua e na Terra, existe ainda a atividade em Marte, onde os vulcões conseguem contar a história de um planeta vizinho, mas extremamente misterioso aos cientistas. Acima de tudo, a partir da análise de vulcões extintos, é possível analisar a formação de Marte e entender sua estrutura. Por fim, o Monte Olimpo com 27 quilômetros de altura é o maior vulcão no espaço.
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