Em primeiro lugar, o Yule é uma comemoração do Norte da Europa pré-Cristã. Ou seja, corresponde a uma celebração dos pagãos germânicos. Sobretudo, comemora-se esse período desde os finais dezembro até os primeiros dias de janeiro, no chamado Solstício de Inverno.
Nesse sentido, corresponde ao período em que a Igreja Católica passou a absorver costumes pagãos para substituir essa cultura e tornar-se absoluta dentre as religiões. Portanto, tem-se o Yule como raiz para o Natal moderno, tanto pelos símbolos quanto pelos rituais tradicionais do período. Desse modo, o próprio nascimento de Jesus ser no mês de dezembro relaciona-se com a celebração.
Em resumo, o Solstício de Inverno no hemisfério norte e a decoração das árvores com guirlandas é uma tradição pagã absorvida à cultura cristã e modificada para caber à agenda da instituição durante a Idade Média. Apesar disso, poucos conhecem a respeito do feriado pagão que originou elementos comuns da cultura ocidental.
Apesar disso, celebra-se o Yule em épocas diferentes, a depender do hemisfério. Basicamente, esse processo é consequência do Solstício de Inverno acontecer em diferentes períodos de acordo com a região no globo. Sendo assim, no norte comemora-se essa data a partir do dia 21 de dezembro.
Em contrapartida, no hemisfério sul as tradições começam a partir do dia 21 de junho. No geral, confecciona-se bonecas de milho, guirlandas e uma ampla quantidade de comida para angarias bênçãos às famílias.
Origem do Yule
A princípio, os vikings e demais comunidades germânicas utilizavam do Yule para celebrar o Solstício de Inverno como um período de mudança de ciclos. Desse modo, as celebrações envolviam música, comida, bebida e sacrifícios aos deuses nórdicos como homenagem. Sendo assim, até o surgimento e difusão do cristianismo, costumava-se comemorar esse período no calendário tradicional.
Nesse sentido, as primeiras menções do Yule surgem nas obras de um historiador e monge inglês fundamental para a disseminação do cristianismo na Inglaterra. Em outras palavras, seus escritos de 725 antes de Cristo descreveu os feriados dos pagãos com proximidade ao Natal moderno. Sobretudo, descreveu os ritos como uma espécie de renascimento aos povos antigos.
Entretanto, posteriormente, no século 19, as investigações a respeito dos vikings trouxe novas menções e tradições envolvendo a data. Antes de mais nada, a presença de elementos comuns às tradições atuais chamou atenção dos pesquisadores. Apesar disso, a forte conexão com a natureza perdeu-se no processo de difusão da religião Cristã.
Dessa forma, os vikings e antigos europeus costumavam executar rituais de sacrifício e adoração à natureza. Em resumo, compreendiam o período anterior ao Yule como fundamental às entidades e divindades. Basicamente, nessa época acontecia uma grande transformação na natureza, por ser um ciclo de renovações e renascimento.
Como consequência, utilizavam das árvores decoradas no interior das casas como forma de levar a natureza para o interior do lar. Ademais, decoravam-nas com alimentos, estátuas das divindades e fitas para fazer da natureza uma parte bem-vinda nas residências. Curiosamente, os hábitos persistiram e se atualizaram até tornar-se a tradicional árvore de Natal.
Simbologia e associação da celebração pagã
Apesar do Cristianismo ter absorvido grande parte da ancestralidade envolvendo o Yule, registros históricos apresentam elementos importantes. Desse modo, para além das árvores decoradas, a presença de banquetes fartos e alimentos de origem animal também estão presentes. Sobretudo, a fartura era um importante símbolo para que a renovação continuasse trazendo muitos alimentos.
Por outro lado, o costume de reunir a família e grandes grupos de amigos relaciona-se com os hábitos sociais dos europeus antigos. Basicamente, acreditava-se que a presença de muitas pessoas faria com que os deuses ficassem gratos, porque celebrações em seus nomes aconteciam. Ademais, a reunião de clãs fortalecia os laços em um período marcado pela divisão territorial de tribos.
Mais ainda, estima-se que a atual imagem do Papai Noel surgiu de Odin, um deus nórdico homenageado no Yule. Contudo, a tradição do leite com bolachas é uma suavização dos sacríficos animais feitos em nome da divindade. Antes de mais nada, uma série de rituais de sangramento envolvendo animais e seres humanos acontecia como retribuição às bênçãos dos deuses.
Por outro lado, a presença de velas também foi absorvida da cultura viking, pois eram erguidas grandes fogueiras nesse período. Acima de tudo, a fogueira servia para afugentar o frio intenso do Solstício de Inverno, mas também para afastar os espíritos malignos.
E aí, aprendeu sobre o Yule? Então leia sobre Como aumentar a imunidade: dicas práticas e técnicas.
Fontes: Astrocentro | Aventuras na História | Tempero de Bruxa | Mega Curioso | Wiki
Imagens: Aventuras na História | Toronto