Desde que o astronauta norte americano Neil Armstrong pisou na Lua, em 1969, o ser humano nunca mais deixou de estudar o satélite natural da Terra. Entre às várias explorações espaciais, a Agência Espacial Norte Americana (Nasa) descobriu que havia água na Lua, em 2009. O H2O estava em estado solidificado (congelado), e foi encontrado no Polo Sul do satélite, no lado escuro da Lua.
Apesar disso, mais nenhuma evidência foi encontrada no decorrer da última década. Ao menos não até o dia 26 de outubro de 2020, quando dois estudos sobre a água na lua foram publicados pela revista Nature Astronomy.
Inicialmente, o 1° estudo afirma que possam haver crateras com água congelada na Lua. Infelizmente, esse estudo não apresenta indícios e provas do argumento, uma vez que ainda está em andamento. Em contraste, o 2° estudo, conduzido pela Nasa, mostra que novamente foi encontrado água na superfície lunar. Mas, dessa vez, as coisas são diferentes!
Água na Lua
Primeiramente, o novo estudo da Nasa afirma ter encontrado água na superfície da Lua. Enquanto em 2009 a água encontrada estava em estado sólido, dessa vez, tudo indica que ela esteja em forma de vapor, presa em mineiras no solo lunar.
Ainda mais importante, é que dessa vez a água está no lado claro da Lua, no Hemisfério Sul, que recebe iluminação do Sol e pode chegar em até 200 graus Celsius. A água foi encontrada na Cratera Clavius, onde já havia sido detectado hidrogênio.
A quantidade detectada é de 100 a 400 partes por milhão. Essa concentração é muito pequena, sendo inviável sua detecção à olho nu. Para se ter ideia, a água encontrada é tão pouca, que equivale a 100 vezes menos que a quantidade encontrada em lugares desérticos, no Planeta Terra.
Sobretudo, essa é considerada a primeira prova química da existência de água na Lua. Além disso, como hipóteses para a chegada de H2O por lá, está:
- Cometas;
- asteroides;
- poeira interplanetária;
- gases de erupções vulcânicas.
Sofia
Esse estudo só foi possível graças ao Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha, também conhecido como Sofia (uma sigla para o nome, em inglês). O telescópio infravermelho é uma parceria entre a Nasa e o Centro Aeroespacial Alemão.
Em resumo, o telescópio infravermelho tem 2,74 metros e fica em um avião Boeing 747. Este último, voa alto na atmosfera, permitindo uma visão ampla e de longo alcance do Sistema Solar.
Por fim, a Nasa acredita que cerca de 40 mil metros quadrados da Lua possa aprisionar água.
Estudo do Colorado
Você ainda se lembra do outro estudo publicado sobre água na Lua? Ele foi desenvolvido pelo departamento de astrofísica da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos.
Segundo a pesquisa, existe a possibilidade de existir várias pequenas crateras lunares com água congelada dentro. Essas crateras, menores do que uma moeda de 1 real, não recebem a luz do Sol e podem guardar água congelada, perfeita para uso.
Apesar disso, como já foi dito anteriormente, ela ainda está trabalhando com hipóteses e pesquisa, sem nenhuma prova concreta até o momento.
Qual a importância da água na Lua?
Inicialmente, você pode pensar: “qual a importância se existe ou não água na Lua?”. Apesar disso, saiba que a água é fonte de vida, e se ela existe no nosso satélite natural, pode ser muito útil para as nossas missões de exploração, fora da Terra.
Ela pode ser usada para produzir oxigênio e hidrogênio. Enquanto o primeiro pode ser usado por astronautas, o segundo combinado com outros materiais, pode virar combustível.
Sobretudo, com a água na Lua, as próximas explorações no satélite natural da Terra pode levar menos peso. Isso por que, já haverá água na Lua para ser usada.
Certamente, um dos melhores exemplos é o programa Artemis. Em síntese, ele busca levar o homem de volta a lua em 2021.
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Fontes: G1, Brasil Escola, UOL e Olhar Digital.
Fontes das imagens: Elite Readers, Nasa, Aeroin, Dreanstime,