31 deuses da mitologia africana, seus poderes e mistérios

Aqui veremos alguns dos principais deuses africanos cultuados pelas religiões afro-brasileiras com seus nomes e respectivos poderes.

Deuses da mitologia africana, seus poderes e mistérios

A mitologia africana é rica e bem diversificada, com uma variedade de sistemas de crenças. Vale dizer, inclusive, que os deuses africanos muitas vezes refletem a conexão profunda com a natureza e elementos cósmicos. Eles podem variar conforme as regiões, tribos e culturas, mas frequentemente representam aspectos da criação, vida, morte e forças da natureza, sendo intermediários entre os humanos e o divino.

Alguns dos deuses mais conhecidos incluem Olorum, o deus supremo iorubá, e Oxum, a belíssima deusa da feminilidade. Ficou curioso, né?

30 deuses da mitologia africana, seus poderes e mistérios

1. Exu

Exu é um orixá famoso e um dos espíritos da mitologia iorubá. Seu espírito acompanhou os escravos ao novo mundo; e ele continua sendo uma presença importante nas religiões de matriz africana em países como Haiti, Brasil, Cuba e em outros lugares.

Também chamado Elegba, deus trapaceiro do Yoruba da Nigéria, é um espírito essencialmente protetor e benevolente que serve Ifa e o deus principal, que serve como mensageiro entre o céu e a terra.

Exu é retratado de várias maneiras, desde um guardião protetor até um desafiador astuto, muitas vezes simbolizado por imagens como chifres, tridentes ou bastões. Sua representação varia de uma casa religiosa para outra e até mesmo entre indivíduos dentro da mesma tradição.

Por fim, vale lembrar que ele é reconhecido por sua habilidade de abrir caminhos, facilitar a comunicação entre os mundos espiritual e físico, além de ser considerado o guardião dos rituais e das oferendas. Exu é frequentemente invocado no início de cerimônias religiosas para abrir os caminhos e estabelecer a conexão entre os praticantes e os Orixás.

2. Ogum

Esta divindade representa guerreiros, caçadores, ferreiros etc. tem como símbolo principal o ferro. Ele também é conhecido como o deus da transformação e mediação.

Na mitologia iorubá, Ogum é filho de Oduduwa, o criador do mundo, e é considerado um guerreiro destemido, protetor das comunidades e ferreiro habilidoso. Sua representação muitas vezes está relacionada à guerra, às batalhas e à superação de desafios. Ele é retratado com ferramentas de metal, como espadas, machados e facões, refletindo sua habilidade na metalurgia.

Ogum também é visto como um guardião das estradas e caminhos, sendo invocado para proteção e para abrir os caminhos daqueles que o veneram. Sua personalidade forte e determinada o torna um símbolo de coragem, disciplina e lealdade.

3. Oxóssi

Oxóssi é uma divindade das religiões afro-brasileiras, especialmente presente nas tradições religiosas derivadas da cultura iorubá, como a Umbanda e o Candomblé. Ele é um dos Orixás mais reverenciados e é associado à caça, à fartura, à floresta e à sabedoria.

Oxóssi é representado como um grande caçador, frequentemente retratado com um arco e flecha, simbolizando sua habilidade na caça e seu domínio sobre os mistérios das florestas. Ele é considerado um guardião das matas e dos animais, além de ser um protetor das pessoas que buscam por alimentos e sustento.

Na mitologia iorubá, Oxóssi é filho de Iemanjá e irmão de Xangô e Oxum. Sua personalidade é frequentemente descrita como sábia, paciente e determinada. Ele é invocado para trazer prosperidade, saúde, fartura e para ajudar na busca por objetivos e metas.

Por fim, vale dizer que os devotos de Oxóssi costumam realizar rituais específicos para honrar e pedir sua bênção, utilizando elementos como frutas, folhas, flores e comidas típicas. As cores associadas a ele são o verde e o azul. Sua influência é sentida não apenas nas práticas religiosas, mas também na cultura e nas tradições das comunidades onde suas crenças são seguidas.

4. Logunedé

Logunedé é tido como andrógeno, patrono dos homossexuais, orixá iorubano, tendo como elemento terra e água dominando rios, cachoeiras e matas. É considerado orixá “métametá”, em ioruba, méta significa “três” e métametá traduz-se a melhor guiza como: três ao mesmo tempo.

Apesar da sua história, é preciso esclarecer que Logunedé não muda de sexo a cada seis meses, ele é um Orixá do sexo masculino. A sua dualidade dá-se à nível de manifestação de energia comportamental, já que em determinadas ocasiões pode ser doce e benevolente como Oxum, e em outras sério e solitário como Odé.

5. Xangô

Xangô é uma divindade presente na religião iorubá, um dos orixás mais importantes  e que também é reverenciado em várias religiões afro-brasileiras, como a umbanda e o candomblé. Ele é associado a características como justiça, poder, trovão, fogo e virilidade.

Na mitologia iorubá, Xangô é considerado o rei de Oyó, uma cidade-estado do antigo império iorubá, e suas histórias narram suas habilidades como guerreiro e líder. Ele é frequentemente representado com um machado de duas lâminas, chamado OXÊ, e é associado ao fogo e ao trovão, que são manifestações de sua fúria quando está indignado com a injustiça.

Xangô também é conhecido por sua busca pela verdade e justiça. Sua história inclui episódios que exemplificam sua sabedoria e seu senso de igualdade, julgando os casos com imparcialidade e punindo aqueles que agem com injustiça. Sua relação com a religião é marcada por rituais e cerimônias específicas, onde seus devotos buscam sua proteção, força e orientação espiritual.

6. Ajá

No contexto iorubá, ela é conhecida como a divindade do rio, da fertilidade e da maternidade. Ajá é frequentemente associada aos rios e córregos, sendo reverenciada como uma figura poderosa e protetora das águas.

Ela é retratada como uma mulher muito bonita e radiante, muitas vezes representada com longos cabelos, símbolo de sua fertilidade e conexão com a natureza. Ajá é também considerada uma das esposas do deus Xangô, uma das principais divindades do panteão iorubá, o que reforça sua posição de importância dentro da mitologia.

Sua influência se estende além do domínio das águas, sendo invocada em rituais de fertilidade, proteção durante a gravidez e parto, além de ser vista como uma guardiã das crianças. Ela é adorada e reverenciada em diferentes rituais e festivais dentro das tradições iorubás, onde oferendas e cerimônias são realizadas para buscar sua bênção, proteção e fertilidade.

7. Obaluaiê

Orixá das doenças, das pragas, da miséria, domina a terra árida e quente, como o calor do sol e do fogo. Conhecido por sua personalidade muito forte, está sempre contra os malfeitores e àqueles que não têm caráter. Aliás, esse deus africano é sempre indispensável dentro de qualquer ritual do candomblé ou outros.

Este orixá tem também um grande poder sobre os eguns (espíritos desencarnados ou ancestrais). Conhece todos os segredos da morte, sendo as vezes confundido com eku (a própria morte). Ele usa também um longo cajado com três cabaças presas, onde carrega todo o segredo da criação.

8. Oxumaré

Oxumaré é uma divindade importante na mitologia iorubá, reverenciada principalmente entre os povos iorubás do oeste da África e também nas religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda. Conhecido por sua dualidade e associação com a transformação, Oxumaré é frequentemente representado como uma serpente arco-íris que tem a capacidade de se locomover entre o céu e a terra.

Sua dualidade é expressa tanto na natureza serpentiforme como na capacidade de alternar entre gêneros, sendo reverenciado como masculino e feminino em diferentes tradições. Oxumaré é considerado um orixá da fertilidade, da riqueza, da renovação, do movimento e do equilíbrio.

Ele é frequentemente associado a dois elementos principais: a água e a terra. Na mitologia, é dito que Oxumaré controla os movimentos das chuvas, trazendo consigo a fertilidade da terra, além de reger o ciclo da vida, representando tanto a continuidade quanto a mudança.

Em suas cerimônias, Oxumaré é homenageado com danças, cânticos e oferendas, especialmente relacionadas à dualidade e à renovação. Seus devotos buscam sua bênção para promover mudanças positivas, transformações, equilíbrio e prosperidade em suas vidas.

9. Ossaim

Ossaim é uma divindade africana venerada principalmente entre os povos iorubás, que habitam regiões da Nigéria, Benim e Togo, na África Ocidental. Ele é um dos orixás, que são entidades divinas do panteão iorubá. Ossaim é especialmente associado ao domínio das plantas medicinais, ervas e magia relacionada à natureza.

10. Oyá ou Iansã

Iansã é retratada como uma mulher forte, corajosa e apaixonada, frequentemente associada à justiça, à mudança e à transformação. Ela é representada com um machado de duas lâminas, símbolo de sua capacidade de abrir caminhos e destruir obstáculos.

Além de seu papel como guerreira, Iansã também é vista como uma protetora das mulheres, especialmente das viúvas, e é invocada em momentos de mudança, como na passagem da vida para a morte. Ela é considerada uma mediadora entre os vivos e os espíritos ancestrais.

Na cosmologia iorubá, Iansã é esposa de Xangô, o deus do trovão, e essa união representa a sinergia entre os ventos e os raios. Ela também é frequentemente ligada a Ogum, o orixá da guerra, compartilhando algumas características guerreiras.

11. Oxum

Deusa da feminilidade, fertilidade, beleza e amor; Oxum está ligada ao destino e à adivinhação. Aliás, ela é a deusa do rio afiliada ao rio Osun na Nigéria, que tem sua fonte no estado de Ekiti e passa por Osogbo, onde seu santuário Osun-Osogbo está localizado. Além disso, ela está associada às cores branco, amarelo, dourado e às vezes coral.

Oxum é simbolizada pela água doce, muitas vezes representada por um espelho, leque, ouro, colares e outros objetos relacionados à sua beleza e feminilidade. Seus devotos costumam oferecer-lhe presentes, como flores, perfumes, joias e comidas doces, buscando sua bênção e proteção.

Além disso, Oxum é vista como a protetora das mulheres grávidas e das crianças, sendo invocada para conceder fertilidade e proteção durante a gestação e o parto. Ela também é associada à sensualidade e ao amor, sendo considerada uma conselheira nas questões do coração e dos relacionamentos.

12. Iemanjá

É o espírito patrono dos oceanos e rios. Diz-se que ela é maternal, forte e protetora enquanto os conforta e limpa da tristeza. Além disso, a fertilidade é considerada um de seus pontos fortes, pois ela cura a infertilidade em mulheres e as conchas de búzios representam sua riqueza.

As celebrações em homenagem a Iemanjá ocorrem principalmente em 2 de fevereiro, o Dia de Iemanjá, quando devotos fazem oferendas, como flores, perfumes, joias e comidas, e as lançam ao mar em agradecimento e para obter sua bênção e proteção.

A devoção a Iemanjá é marcada por respeito, amor e reverência, e ela é vista como uma figura materna que acolhe e protege aqueles que a buscam com fé e devoção.

13. Nanã Barukê

Nanã Burukú, é uma das divindades mais antigas e respeitadas da mitologia iorubá, presente nas religiões afro-brasileiras, especialmente no Candomblé e na Umbanda. Ela é reverenciada como a mãe ancestral das águas paradas, associada à lama dos pântanos, à sabedoria, à maturidade, à tranquilidade e à ancestralidade.

Nanã é frequentemente representada como uma anciã de grande sabedoria, com um bastão nas mãos e vestida com panos em tons de roxo e azul escuro. Sua simbologia está intimamente ligada à terra molhada, à fertilidade, à renovação e à ligação com os ancestrais.

Ela é considerada uma das mais velhas divindades iorubás, sendo uma das esposas de Orumilá, o orixá da sabedoria e do destino. Nanã é vista como uma figura materna, responsável pela formação da personalidade das pessoas ainda no útero materno. Ela é invocada para trazer equilíbrio, paciência, cura espiritual e para lidar com questões ligadas à ancestralidade.

Nanã também é associada à transição da vida para a morte, sendo vista como guardiã dos espíritos que deixam o plano terreno. Ela representa a ligação entre o mundo dos vivos e o mundo espiritual, sendo invocada em rituais de passagem e renovação.

Seus rituais e oferendas incluem elementos como a cor roxa, símbolos da lama e do pântano, assim como frutas e comidas específicas oferecidas em seus altares para honrar e buscar sua benção.

14. Ewá ou Yewá

Deusa das fontes. Ewá ou Yewá é a dona dos segredos que guarda dentro de uma cabaça, o adó, que é o seu símbolo. Também é representada por uma cobra metálica.

Dizem que os descendentes espirituais de Ewá, que são raros, são ótimos pais e mães, mas são pessoas misteriosas e desconfiadas, às vezes consideradas perigosas, que se queixam com razão, de serem pouco compreendidas.

15. Obá

Identificada como a esposa sênior de Xangô, ela é a Orixá do Rio Oba cuja fonte fica perto de Igbon, particularmente onde se diz que sua adoração se originou, mas depois foi transferida para Ogbomosho.

De acordo com algumas histórias, ela teria sido enganada pelas outras esposas de Xangô para alimentá-lo com seus ouvidos.

16. Iyá Axabó

Iyá Asagbó ou Axabó é um orixá feminino da família de Xangô, é a irmâ de Iyá Massé Malé, e assim sendo tia de Xangô. Usa vestimentas nas cores vermelho e branco ou rosa (podendo ser estampado).

Ademais, ela usa sempre pano da costa e traz na mão uma lira. Por fim, Iyá Axabó também faz parte fundamental dos ritos da fogueira de Xangô.

17. Ibeji

A deusa Ibeji é frequentemente retratada como uma figura feminina, e sua adoração envolve rituais específicos realizados pelos pais de gêmeos ou pela comunidade em geral. As estátuas de Ibeji, conhecidas como “ere ibeji”, são criadas para representar os gêmeos divinos e são consideradas habitadas pelas almas dos gêmeos falecidos. Essas estátuas são tratadas com grande reverência e são cuidadas como se fossem os próprios gêmeos.

Os rituais dedicados a Ibeji incluem oferendas de comida, bebida e outros itens considerados agradáveis aos gêmeos divinos. Acredita-se que, ao realizar esses rituais, as bênçãos de Ibeji serão concedidas à família, trazendo saúde, prosperidade e felicidade.

Além de seu papel na fertilidade e na proteção dos gêmeos, Ibeji também é vista como uma divindade da infância e da juventude. Sua influência se estende à proteção das crianças e à promoção de um crescimento saudável.

18. Irôco

Está relacionado a uma árvore sagrada africana cujos cultos são diversificados de acordo com as comunidades africanas e suas origens. A relação que existe entre Iroko e o “tempo” é devido a um Orixá da nação Bantu denominado Kitembo que foi posteriormente associado a Iroko da nação Iorubá (das regiões da Nigéria, Benin e Togo). Porém, não se trata da mesma deidade, já que o Candomblé de Angola possui muitas diferenças do Candomblé de Ketu.

19. Egungun

Na mitologia africana, Egungun é uma divindade associada aos ancestrais e ao culto aos mortos em várias culturas da África Ocidental, como os iorubás, os fon e os ewe. O termo “Egungun” é derivado da palavra iorubá “egun”, que significa “ancestral” ou “espírito dos mortos”. Essa divindade desempenha um papel crucial nas práticas religiosas e culturais dessas comunidades, oferecendo uma forma de honrar e se conectar com os antepassados.

A veneração dos Egunguns é muitas vezes realizada através de sociedades secretas ou organizações religiosas conhecidas como “Egungun” ou “Egungun Societies”. Essas sociedades são responsáveis por conduzir rituais específicos e festivais em homenagem aos ancestrais.

20. Iami ou Iami-Ajé

É uma orixá iorubá que é representada por uma senhora de ascendência africana de nome Aje. Uma Aje é uma mulher com poderes biológicos, espirituais e cósmicos.

21. Omolu

Na mitologia africana, Omolu é uma divindade associada à cura e à doença, particularmente na tradição iorubá. Ele é conhecido por diversos nomes, dependendo da região e da comunidade, sendo chamado de Omolu, Obaluaiê ou Xapanã. Essa divindade é frequentemente representada como um orixá que governa sobre a saúde e as enfermidades, exercendo controle sobre a cura e a prevenção de doenças.

22. Erinlé

Inlé (do iorubá Erinlẹ), ou Ibualama é o orixá da caça de Ijexá, onde passa um rio do mesmo nome. Além disso, é o deus da saúde física e bem-estar das pessoas.

23. Onilê

É um orixá que carrega um saco nas costas e se apoia num cajado. Além disso, OInilê é a guardiã da moradia e o grande símbolo da sobrevivência, estreitamente associada a Ewá.

24. Oxalá

O Orixá Oxalá é considerado o mais poderoso de todos. É o Orixá da energia da criação, e foi o primeiro a ser criado. Assim, a ele foi dada a missão de criar o universo, todos os seres e coisas que existiriam no mundo!

Pai dos homens, criador da humanidade, Oxalá é considerado sábio e benevolente com os filhos, e por isso é associado a prosperidade, ao sucesso e a vitória.

25. Orixanlá ou Obatalá

Este deus africano é o “O Grande Orixá” ou “O Rei do Pano Branco”, na mitologia iorubá, é o criador dos humanos. Foi o primeiro Orixá criado por Olodumarê. É o mais velho dos orixás, é o próprio Oxalufã o rei de vestes brancas, raiz de todos os outros Orixás.

26. Ifá ou Orunmilá-Ifá

Ifá é o porta-voz de Orunmila, orixá da adivinhação, ligado ao Merindilogun. É o deus do destino, do oráculo, do jogo de búzios.

É por meio do jogo de búzios, dedicado a ele que os pais e mães de santo determinam de que orixá descende cada devoto do candomblé. O jogo de Ifá também é usado para se perguntar sobre o destino das pessoas, seus caminhos e seus problemas.

27. Odudua

Também chamado Oodua ou Odudua, nome que significa O Grandioso que criou a existência, segundo a narrativa mítica ele e seu séquito de desbravadores teriam sido os sobreviventes de um dilúvio. Daí serem chamados pelos antigos de ooye, os que foram salvos.

Acredita-se que ele foi o primeiro ooni (rei) da cidade, considerada a pátria espiritual dos iorubás e local onde teria ocorrido a criação do mundo.

28. Oraniã

Oraniã era o filho mais novo de Odudua e foi o mais poderoso de todos, e mais famoso em toda nação Iorubá. Famoso como caçador e pelas grandes e numerosas conquistas, ele também fundou o reino de Oyó.

29. Baiani ou Dadá Ajaká

Dadá Ajaká, filho mais velho de Oranian, irmão consanguíneo de Xangô, reinava então em Oyo. Ele amava as crianças, a beleza, e as artes. De caráter calmo e pacífico, não tinha a energia que se exigia de um verdadeiro chefe dessa época.

Aliás, Dadá é o nome dado pelos yorubás às crianças cujos cabelos crescem em tufos que se frisam separadamente.

30. Olokún

Olokun que se acredita ser o pai de Ajé é famoso como o governante de todos os corpos de água e é elogiado pela capacidade de dar riqueza, saúde e prosperidade a seus seguidores.

Ademais, as comunidades da África Ocidental veem Olokun de várias maneiras como feminino, masculino ou andrógino.

31- Olorum

Na mitologia iorubá, que é uma das principais tradições religiosas da África Ocidental, Olorum é considerado como o Deus supremo, o criador do universo e o detentor do poder supremo. Ele é adorado principalmente pelos iorubás, que são um grupo étnico predominantemente localizado na Nigéria, Benin e Togo.

A figura de Olorum é complexa e muitas vezes é abordada de maneiras diferentes em diversas regiões e tradições iorubás. Olorum é frequentemente associado a outros deuses e deusas, como Olodumare, Olofi, e Olorun.

Quais são as três categorias de orixás?

O pesquisador nigeriano Omosade Awulalu divide os Orixás em três categorias, que são: Divindades primordiais; Ancestrais deificados; e Forças ou elementos naturais personificados. Vamos saber mais sobre cada uma delas:

1. Divindades primordiais

As divindades primordiais existiam muito antes da criação do mundo, ou seja, foram as primeiras que deram origem a todas as outras, a exemplo de Oxalá e Obatalá.

2. Ancestrais deificados

Os ancestrais divinizados são reis, heróis, heroínas, guerreiros e fundadores da cidade que viveram entre o povo, como Oraniã por exemplo. Essas divindades têm uma grande influência na vida dos iorubás por meio de sua contribuição à cultura e à vida social.

Além disso, esses deuses africanos tinham uma maneira única de controlar as forças naturais fazendo oferendas e sacrifícios. Eles desapareceram na terra afundando no subsolo, subindo aos céus em correntes e depois se transformando em pedra.

Os povos da África Ocidental interpretam essa transformação como o nascimento dos Orixás. Após a transformação, seus filhos continuaram a fazer oferendas e sacrifícios como eles. E essa tradição continua até hoje.

3. Forças ou elementos naturais personificados

Por fim, forças naturais personificadas ou elementos do mundo natural são Orixás com os quais os povos da África Ocidental se relacionam diariamente, como Iami ou Iami-Ajé. Como pacificadores, eles mantêm e mantêm a paz entre a humanidade e as forças do mundo natural.

Então, gostou de saber mais sobre os deuses africanos? Aproveite e leia também sobre o Candomblé: história, principais orixás e outros fatos da prática

Refrências: Educação Uol,

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