Dieta do ovo: como fazer e cardápio completo

A dieta do ovo é uma boa opção para quem deseja perder peso rapidamente. No entanto, é importante ter acompanhamento profissional.

Dieta do ovo: como fazer e cardápio completo

A dieta do ovo, conforme o nome já indica, consiste na ingestão de ovos cozidos em todas as refeições principais. Ou seja, você precisa comer cerca de duas a quatro unidades desse alimento diariamente.

Com isso, a quantidade de proteína na dieta fica maior e, então, dá maior sensação de saciedade.

Embora não haja comprovação científica sobre os efeitos dessa dieta, a criadora, Arielle Chandler, afirma que é possível diminuir cerca de 5,5 kg por semana. Dessa forma, é ideal para quem busca um emagrecimento rápido.

Mas, mesmo prometendo resultados rápidos, nem todos os especialistas são favoráveis a ela, como é o caso da nutróloga do Hospital Israelita Albert Einstein, que, em entrevista ao VivaBem, alegou que “É uma dieta restritiva, sem nenhuma base científica, não dá para avaliar eficácia”. Ademais, é difícil manter os resultados alcançados, já que não se trata de um projeto de reeducação alimentar, mas, sim, de restrição, não só calórica, como também de grupos nutricionais.

No entanto, por ser restritiva, é importante que, sobretudo, pessoas com algum tipo de problema de saúde não sigam essa dieta sem acompanhamento profissional.

Aliás, existem diversas variações dessa dieta por aí. Entretanto, a forma típica é semelhante à dieta low carb. Isso consiste no consumo de alimentos de determinados grupos nutricionais, evitando a ingestão de carboidratos, sobretudo, os simples.

Em seguida, saiba mais sobre como perder peso com a dieta do ovo.

Como fazer a dieta do ovo

Antes de mais nada, a dieta do ovo cozido é muito atrativa por promover, sobretudo, alto consumo de proteínas magras, em todas as refeições.

Há versões diferentes da dieta do ovo, no entanto, ela, normalmente, dura 2 semanas, período em que se recomenda ingerir 2 ovos no café da manhã, juntamente com vegetais e frutas low carb.

Recomenda-se, além disso, consumir 1 ovo cozido antes do almoço e do jantar, uma vez que os nutrientes presentes nesse alimento ajudam a manter a saciedade.

Para a dieta, de fato, indica-se que os ovos sejam cozidos, pois é uma forma mais saudável. Entretanto, omeletes e ovos mexidos preparados com azeite, manteiga ou outras opções de óleos saudáveis são opções válidas.

Alimentos permitidos na dieta do ovo

A dieta, aliás, também incentiva o consumo de vegetais e frutas com baixa quantidade de carboidratos, tais como:

  • Ovos;
  • Frangos;
  • Perus;
  • Peixes;
  • Brócolis;
  • Folhas verdes;
  • Cogumelos;
  • Maçãs;
  • Couves-flores;
  • Cenouras;
  • Gordura em pequenas quantidades;
  • Laticínios com pouca gordura;
  • Bebidas sem calorias.

Ademais, é importante unir, à dieta, outros hábitos saudáveis, como atividades físicas, para potencializar o emagrecimento.

Alimentos que devem ser evitados na dieta do ovo

Por outro lado, a dieta do ovo cozido é altamente restritiva, pois corta calorias e elimina muitos alimentos diferentes. Portanto, os itens que devem ser excluídos são:

  • Fast food;
  • Carboidratos simples, por exemplo, arroz branco, pão branco etc.;
  • Bebidas açucaradas, por exemplo, refrigerantes, sucos industrializados, energéticos e bebidas alcoólicas;
  • Carnes gordurosas, por exemplo, carnes vermelha, de porco, de peixe gordo;
  • Frutas com alto teor de carboidratos, por exemplo, frutas secas, banana e manga;
  • Leguminosas, por exemplo, feijão, grão-de-bico, soja;
  • Alimentos com açúcares processados;
  • Doces, chocolate e outras guloseimas.

Além disso, é importante evitar também os tubérculos, que, aliás, possuem alto teor de carboidratos.

Cardápio da dieta do ovo

Em seguida, trazemos algumas sugestões de refeições para fazer durante o período da dieta do ovo:

Café da manhã

1ª opção

  • Omelete de 2 ovos com espinafre, cogumelos e queijo
  • Café sem açúcar
  • 1 maçã

2ª opção

  • 2 ovos cozidos
  • 1 xícara de café sem açúcar
  • 6 morangos

3ª opção

  • 2 ovos mexidos
  • 1 xícara de chá verde sem açúcar
  • 1 laranja

Lanche da manhã

1ª opção

  • 1 copo de vitamina preparada com:
  • 150 ml leite de amêndoas
  • 4 morangos
  • 1 colher de sopa de aveia em flocos

2ª opção

  • 1 iogurte natural desnatado com 1 colher de sobremesa de sementes de chia

3ª opção

  • 1 pera
  • 3 nozes

Almoço/jantar

1ª opção

  • 1 ovo cozido
  • Berinjela média assada, recheada com 150g de tofu
  • Salada com alface, tomate, cebola e cenoura, temperada com 1 colher de sobremesa de azeite e vinagre
  • 1 goiaba

2ª opção

  • 1 ovo cozido
  • 1 filé de frango grelhado com molho de tomate, caseiro
  • 2 colheres de sopa de arroz integral
  • 1 prato de sobremesa de salada de alface, pepino, rúcula e tomate, temperada com vinagre e 1 colher de sobremesa de azeite
  • 1 tangerina

3ª opção

  • 1 ovo cozido
  • 1 filé de peixe assado
  • 2 colheres de sopa de quinoa cozida
  • 1 prato de sobremesa de brócolis, cenoura e chuchu cozidos e temperados com 1 colher de sobremesa de azeite
  • 1 kiwi

Lanche da tarde

1ª opção

  • 1 maçã cozida com canela e 1 colher de sopa de aveia em flocos

2ª opção

  • 1 iogurte natural desnatado com 1 colher de sobremesa de linhaça em pó e 1 colher de sopa de amendoim

3ª opção

  • Mingau feito com:
  • 1 colher de sopa de farelo de aveia
  • 200 ml de leite desnatado ou bebida vegetal
  • 1 pitada de canela em pó

É importante ressaltar, a propósito, que essas são opções mais genéricas, mas elas podem variar conforme a saúde de cada pessoa. Por isso, deve-se buscar ajuda profissional.

Além disso, as atividades físicas ajudam nos resultados e a alta hidratação faz parte dessa dieta. É recomendado que se beba de 9 a 13 copos de água por dia, pois além de manter a pessoa hidratada, ainda ajuda a controlar o apetite.

Cuidados após a dieta

Conforme já mencionado, essa dieta deve ser seguida, no máximo, por 2 semanas, já que é bastante restritiva. Ademais, há alguns cuidados que devem ser tomados depois desse período.

Alimentação balanceada é o ponto principal, sempre ingerindo alimentos saudáveis, sobretudo, frutas e vegetais, além dos demais grupos nutricionais.

A atividade física, aliás, também é necessária para manter o peso alcançado. Assim, independentemente da modalidade, é indicado praticar exercícios pelo menos 3 vezes por semana, de 30 a 60 minutos.

Quem não pode fazer?

Essa dieta não é indicada, sobretudo, para quem tem predisposição para colesterol alto, quem tem doenças renais ou quem não pode consumir ovos.

Além disso, essa dieta não é adequada para gestantes e quem esteja amamentando. Ademais, as pessoas com distúrbios alimentares também não devem segui-la.

Riscos em fazer a dieta do ovo

Uma dieta restritiva ou que gira em torno de um único alimento não é interessante, uma vez que os hábitos alimentares mais saudáveis pressupõem a ingestão de diversos grupos nutricionais, algo que é bastante indicado pelos especialista.

Quanto mais variar os tipos de alimentos consumidos, mais fácil será de equilibrar os nutrientes necessários para saúde, como vitaminas e minerais.

Mas, além da restrição nutricional, a dieta do ovo também apresenta um outro ponto preocupante que é o colesterol, uma vez que tal alimento possui uma grande quantidade desse tipo de gordura. Contudo, se esse cardápio for seguido por pouco tempo, não há tanta preocupação, exceto se já houver histórico referente à pressão alta e colesterol.

Outra questão que deve ser avaliada com cuidado é o caso de pessoas que apresentam doença renal, já que o aumento de proteínas acarretado pelo consumo dos ovos pode sobrecarregar os rins.

O que a ciência diz sobre a dieta do ovo?

De acordo com pesquisas realizadas pelo Departamento de Pesquisa em Envelhecimento e Geriatria da Universidade da Flórida, grande parte das dietas “da moda” que eles avaliaram não foram testadas em seres humanos, e as evidências de eficácia no quesito referente ao emagrecimento são limitadas tanto para curto ou longo prazo.

Mas a dieta do ovo emagrece mesmo?

De acordo com a pesquisa mencionada, a resposta a essa pergunta é sim. E isso ocorre em razão da menor quantidade de calorias consumida. No entanto, essa dieta não proporciona o que é mais imprescindível, que é a mudança de hábitos, a única capaz de garantir o controle do peso em longo prazo.

Outro fator que deve ser observado é que essa dieta desconsidera as necessidades e características de cada pessoa, já que ela visa apenas à adição de ovos na alimentação e isso sozinho não chega ao objetivo desejado, podendo, inclusive, ter o efeito contrário.

Se não houver moderação na quantidade e qualidade dos nutrientes ingeridos, além de uma rotina de exercícios físicos, o consumo de ovos irá apenas incluir mais calorias à dieta e, por conseguinte, irá aumentar o peso da pessoa.

Será que essa dieta vale a pena?

De forma geral, os nutricionistas acreditam que o emagrecimento saudável não é conquistado da noite para o dia, já que consiste em um plano de reeducação alimentar e não apenas a inclusão ou exclusão de um item/nutriente específico.

Além disso, para que haja essa reeducação alimentar, a dieta precisa ser personalizada, elaborada e acompanhada por um nutricionista, nutrólogo ou endocrinologista, avaliando as necessidades e as peculiaridades de cada paciente.

Ao seguir um plano de ação adequado, uma pessoa pode perder cerca de 5% do peso em aproximadamente 6 meses e, se incluir exercícios físicos à rotina essa perda pode chegar a 8,5%. Mesmo que não proporcione uma perda de medidas rápida, para ser seguro e saudável, o indicado é haja uma perda de 1kg por semana. Mas claro, isso varia de pessoa para pessoa.

Ilusão da perda de peso

O emagrecimento deve sempre ter supervisão por um profissional, pois a perda de peso nem sempre significa perda de gordura. Algumas vezes, perder peso na balança pode ser a perda de massa magra ou mesmo a perda de líquidos e isso não é saudável.

E o que a dieta do ovo pode fazer é que, mesmo diminuindo o número na balança, se aumente a gordura visceral, que se acumula dentro e em volta de alguns órgãos, por exemplo, pâncreas, rins e fígado.

Esse depósito de gordura visceral aumenta o risco de hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares, ou seja, não compensa fazer uma dieta que não visa a uma modificação no estilo de vida a longo prazo e que ainda pode te causar problemas de saúde. O ideal é sempre buscar ajuda de profissionais especializados que te ajudarão com uma mudança de hábitos a fim de conquistar um estilo de vida mais saudável.

Prós da dieta do ovo

  • Não se baseia em quantidade de calorias ou tamanho de porções
  • Resulta na perda de peso

Contras

  • Pode acarretar o aumento da taxa de colesterol se for seguida por mais tempo do que o indicado
  • Pode gerar desequilíbrio nutricional
  • Risco de sobrecarregar o funcionamento dos rins em pessoas que já apresentam problemas renais
  • Não é personalizada e não atende às necessidades particulares de cada indivíduo
  • Pode ter efeito contrário caso não haja ajuste na quantidade de calorias ingeridas
  • Não garante a manutenção do peso perdido

Fontes: Viva Bem, Vitat.

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