Em primeiro lugar, o megatsunami também recebe o nome de megamaremoto. Nesse sentido, refere-se a um raro tsunami com mais de 100 metros de altura, cuja origem parte de um grande deslocamento de terra. Mais ainda, esse fenômeno em especifico parte de acidentes naturais como ilhas em colapso, causando um vasto corpo d’água em movimentação no oceano ou no mar.
No geral, um megatsunami atinge alturas extraordinárias, e velocidades drásticas. Desse modo, chegam a viajar 890 km/h ao longo do oceano, alcançando 30km ou mais de terra adentro de regiões com baixa altitude. Sendo assim, em oceanos profundos, esse fenômeno é praticamente invisível.
Em resumo, esse fenômeno acontece a partir de uma movimentação vertical de aproximadamente um metro. Entretanto, o comprimento de ondas chega a centenas de quilômetros. Mais ainda, a enorme quantidade de energia dentro deste movimento de massa produz uma onda muito mais alta, em especial quando se aproxima de águas rasas.
Curiosamente, cientistas estimam que o último tsunami dessa dimensão aconteceu há quatro mil anos, com exceção de alguns acontecimentos no Alasca. Ademais, entendem que essa movimentação de água causou o desaparecimento de diversas civilizações no período pré-histórico.
Apesar disso, os registros históricos demonstram que o megatsunami é um fenômeno regional, ou seja, que acontece em áreas isoladas. Dessa forma, há restrição do potencial destrutivo. Porém, pode-se citar acontecimentos como o deslizamento de terras na costa oeste da Groenlândia em 2017.
Como consequência, surgiu uma onda de 100 metros de altura que causou estragos na bila de pescadores de Nuugaatsiaq, Mais ainda, o evento aconteceu a cerca de 20 quilômetros de distância de sua origem. Por fim, ainda existem registros de outros casos.
História e registros do megatsunami
A princípio, a maior parte dos registros surgem no período pré-histórico, quando a ocorrência do megatsunami colidiu com as transformações geográficas. Nesse sentido, pode-se citar o próprio asteroide ligado à extinção dos dinossauros. Sobretudo, esse fenômeno criou uma cratera que originou um megatsunami com mais de 100 metros.
Apesar disso, estima-se que o auge do tsunami teve limites específicos porque o mar era relativamente superficial na área de impacto. Ou seja, os cientistas calculam que esse evento aconteceu em um mar com 4,6 quilômetros de profundidade. Além disso, também há registros de uma série de megatsunamis original do impacto de um meteoro que criou a cratera da Baía de Chesapeake, nos EUA.
Porém, esses eventos aconteceram há mais de 35,5 milhões de anos. No geral, estima-se que o último evento dessa magnitude aconteceu há 4 mil anos na Ilha de Reunião, leste de Madagascar. Entretanto, há registros importantes como o de Krakatoa, na Indonésia em 1833.
Em resumo, a erupção do vulcão Krakatoa criou megatsunamis como resultado, chegando a atingir as águas do Estreito de Sunda em 27 de agosto de 1883. Curiosamente, as ondas chegaram até 24 metros ao longo da costa sul de Sumatra. Sobretudo, o evento de 1958 em Alasca, nos Estados Unidos, provavelmente é o mais famoso quando se trata desse fenômeno.
Basicamente, se trata do megatsunami de maior magnitude, que aconteceu na Baía de Lituya, em 1958. Dessa forma, estima-se que chegou a ficar entre 7.7 e 8.3 na escala, com uma onda de 520 metros de altura em decorrência de deslizes de gelo.
Por fim, o deslize de gelo surgiu por conta de um deslocamento de terra, que produziu essa onda gigante. Posteriormente, a onda varreu árvores localizadas a 200 metros acima do nível do mar.
O evento pode se repetir?
Sobretudo, o noroeste dos Estados Unidos e o sul do Canadá são áreas de maior risco porque estão em uma zona sensível de deslocamento. Mais ainda, cientistas estimam que a cada intervalo entre 200 e 400 anos uma tsunami preocupante surge nesse espaço. Nesse sentido, há um cuidado especial dos pesquisadores por causa da tragédia da Baía de Lituya.
Apesar disso, estima-se que ainda assim, esse megatsunami será menor que o que surgiu na Ásia no final de 2004. Sobretudo, o Oceano Pacífico possui um sistema de alerta eficiente, de modo que haja prevenção, monitoramento e até uma defesa específica. Porém, a principal preocupação é que essa região de risco também está próximo ao local do epicentro do terremoto.
Sendo assim, estima-se que o tempo de reação caso surja outro fenômeno como esse esteja na casa dos minutos. Mais ainda, as previsões identificam o surgimento da onda gigantesca com cerca de 30 metros, viajando a uma velocidade entre 50km/h e 500 km/h. Além disso, pode atingir a costa do Canadá e dos Estados Unidos em 15 minutos a partir do seu surgimento no oceano.
Portanto, chegaria primeiro a Vancouver, no Canadá, logo após arrasar cidades costeiras norteamericanas como Washington, Bellingham, Seattle e outras. Contudo, planos de emergência e contingência fazem parte da educação popular nesses locais de maior risco, a fim de evitar acidentes fora do controle.
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