Em primeiro lugar, o Novo Testamento refere-se à coleção de livros que compõe a segunda parte da Bíblia Sagrada. Sobretudo, os textos sagrados apresentam os ensinamentos e a personalidade de Jesus Cristo, assim como os eventos originários do cristianismo. Ou seja, tem origem posteriormente ao fim da vida de Jesus.
A princípio, a definição do Novo Testamento surgiu por meio da ação da Igreja Católica no concilio de Hipona, em 393 depois de Cristo. Ademais, a escrita original se deu no grego koiné, mas depois traduziu-se os livros para outros idiomas. No geral, compreende-se a influência desse compilado de textos na filosofia, política, arte, música e literatura.
Nesse sentido, compõem-se por textos das 13 cartas do Apóstolo Paulo, os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Sendo assim, incluem as narrativas da vida, ensino, morte e ressurreição de Jesus Cristo formando os Quatro Evangelhos. Por outro lado, também envolve os Atos dos Apóstolos, epístola aos Hebreus e o Apocalipse do apóstolo João.
História do Novo Testamento
Primeiramente, após sua escrita, manteve-se o Novo Testamento copiado em papiro e pergaminho por cerca de 1500 anos. Entretanto, não existe uma concordância geral entre todas as cópias, assim como não existe um original que sirva como base.
Além disso, os pergaminhos eram manuseados com muita frequência, o que gerava a destruição física dos materiais. Nesse sentido, os próprios textos, inclusive, eram repletos de erros que foram perpetuados em novas traduções. Como consequência, pesquisadores precisam de muito esforço para conseguir definir a provável intenção do autor.
Nesse sentido, existem críticos textuais dedicados a reconstituição do livros da Bíblia com a maior fidelidade possível ao material original. A princípio, os textos foram escritos em grego koiné, dominante no Império Romano Oriental. Contudo, existem teóricos que sugerem que o primeiro Evangelho pode ter sido escrito em hebraico.
Portanto, estima-se que as primeiras traduções surgiram ainda no século II, para o latim e o siríaco. Ou seja, até o século IX, os livros ganharam versões em diversas línguas, como copta, gótico, georgiano, etíope, armênio, árabe, chinês, anglo-saxão, alemão, eslavônio e franco.
Livros do Novo Testamento
1) Evangelhos
Assim como os outros livros do Novo Testamento, escreveu-se os Evangelhos em épocas e lugares distintos. Entretanto, todos eles tem inspiração a partir das mensagens de revolução social e religiosa proposta por Jesus Cristo. Nesse sentido, o nome Evangelho significa Boa Nova, uma referência ao nascimento de Jesus.
É por isso, portanto, que os livros narram a vida do Messias desde esse momento até à sua morte. Os livros foram escritos por Mateus, João (os dois eram apóstolo de Jesus), Marcos (seguidor de Pedro e Paulo) e Lucas (discípulo de Paulo). Além dos Evangelhos, há ainda o livro Atos dos Apóstolos, que narra o nascimento da Igreja Cristã no período após a ascensão de Jesus.
2) Epístolas
O Novo Testamento reúnem várias cartas escritas para pessoas e povos cristãos da época. Sendo assim, é possível encontrar orientações e regras para entender o cristianismo e suas origens. Elas são divididas entre as Cartas Paulinas, atribuídas a Paulo de Tarso, e Epístolas Universais, nomeadas de acordo com o responsável.
As Cartas escritas por Paulo recebem títulos referentes aos povos que receberam-nas. São eles os Romanos, Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, Tessalonicensses, Timóteo, Tito, Filémon e Hebreus.
Já as Epístolas Universais foram redigidas por Tiago (tido como irmão de Jesus), Pedro, João e Judas (irmão de Tiago). As cartas de João, no entanto, muitas vezes são atribuídas ao grupo de seguidores do apóstolo, não necessariamente ao indivíduo.
3) Apocalipse
O último livro do Novo Testamento é destinado para profecias e é atribuído a João. Nele, são feitas revelações que teriam sido feitas por Jesus durante um exílio na Ilha da Patmos.
A palavra Apocalipse tem origem no grego para revelação. Eventualmente, o termo apocalipse acabou ganhando um novo significado e é utilizado como sinônimo de fim do mundo. Entretanto, o nome foi escolhido por tratar de fatos revelados apenas a um profeta escolhido, no caso Jesus.
Curiosidades sobre o Novo Testamento
Em primeiro lugar, os evangelhos tratam da pessoa, das palavras e das ações de Jesus Cristo como explicado anteriormente. Entretanto, cada livro possui um filtro de seus autores, apresentando uma faceta específica a partir da interpretação dos discípulos. Curiosamente, esses documentos apresentam a existência de uma família completa do Profeta no Evangelho de Marcos.
Ademais, ainda que Lucas tenha sido um médico grego sem descendência israelita, estima-se que ele não atuou como discípulo de Jesus. Apesar disso, escreveu dois livros presentes no Novo Testamento, mas Timóteo participou da escrita de alguns textos. Nesse sentido, também há controversas sobre o texto “Paulo aos Romanos” porque foi escrito por Tércio e não por Paulo de Tarso.
Mais ainda, para fim de contextualização, estima-se que na época do Novo Testamento, a população romana correspondia a um pouco mais de um milhão e meio de habitantes. Além disso, metade desse número eram escravos, mas entre eles estavam seguidores do Cristo.
Por fim, estima-se que Paulo de Tarso seja o único e verdadeiro orador mencionado no Novo Testamento. Contudo, também pode-se dar o título a Tértulo, que denunciou Paulo para o governador Félix em Atos 24:1. Sendo assim, percebe-se a presença de outros oradores em menor dimensão.
E aí, aprendeu sobre o Novo Testamento? Então leia sobre Sangue doce, o que é? Qual a explicação da Ciência.
Fontes: Info Escola, Estilo Adoração
Imagens: WR Educacional, Raciocínio Cristão, Cléo Fas, Estudos Bíblicos, Religião de Deus