O termo “lua de mel” remete a costumes bem mais antigos do que podemos imaginar. Estamos falando de pelo menos quinhentos anos atrás, quando em terras nórdicas, os recém-casados bebiam hidromel durante a primeira lua cheia ou aquela mais próxima à data do casamento.
Apesar do nome, o hidromel não era lá muito docinho. Na verdade, a bebida alcoólica, mesmo que derivada da fermentação do mel diluído em água, tinha um sabor mais próximo ao vinho que conhecemos hoje, as vezes aproxima-se até mesmo sa cidra. Mas, enfim, isso não vem tanto ao caso, já que o detalhe importante nessa história é que o casal tomava a bebida para receber a benção dos deuses e ganhar fertilidade para conceber filhos.
Acontece que, segundo a mitologia nórdica, Odin, o pai dos deuses, só bebia hidromel. Aliás, foi a bebida que lhe conferiu poderes sobrenaturais. Então, para os nórdicos, o hidromel era praticamente uma poção mágica e, por isso, o tomavam tanto em celebrações quanto em momentos onde era preciso ter força e foco, como em batalhas.
Contudo, transcendendo a cultura nórdica, a lua de mel tornou-se tradição em diversas partes do mundo. Hoje, trata-se de uma tradução literal do inglês “honeymoon”. Então, como isso aconteceu exatamente? Bom, vem com a gente descobrir a origem da lua de mel.
A lua de mel na Babilônia
Das terras nórdicas, a lua de mel migrou e sofreu influências de diversas outras culturas. A Babilônia, por exemplo, é uma delas. Há 3.500 anos atrás, o pai da noiva costumava presentear o futuro marido da filha com cerveja de mel, também durante a lua cheia. Era uma forma de desejar sorte e fertilidade aos noivos.
A versão romana da celebração
Em contrapartida, em Roma, era a mãe da noiva quem depositava uma vasilha com mel no quarto do casal. Por cerca de um mês, o processo era repetido. Assim como nas culturas anteriores, o mel aqui representava fertilidade. Porém, muito além disso, a matéria-prima das abelhas também era usada nos tratamentos de beleza da noiva. Ela fazia o skincare dela, né?!
A lua de mel na Alemanha da Idade Média
Já na Alemanha, durante a Idade Média, os casamentos costumavam ser realizados exclusivamente em noites de lua cheia. Ademais, seguindo os costumes nórdicos, os casais bebiam hidromel durante trinta dias após a cerimônia. O intuito, como de praxe, era trazer felicidade e gerar filhos. Visto que essa tradição costuma englobar a lua e o hidromel, o termo lua de mel passa a fazer cada vez mais sentido.
As reformulações inglesas
Agora, nos aproximando cada vez mais da lua de mel da era moderna, chegamos à burguesia inglesa do século 19. Naquele cenário, após o casamento, o casal aproveitava para viajar e conhecerem-se melhor, além de apresentarem-se aos parentes distantes que não puderam comparecer à cerimônia. Visto que, antes do casamento, os noivos não podiam ficar sozinhos, esse era o momento aguardado para tirar o atraso.
A lua de mel para a Igreja Católica
Embora as religiões nórdicas fossem consideradas pagãs, o Vaticano abraçou muito bem a celebração da lua de mel. Para os católicos, o mel também significava união e pureza, visto que torna-se mais doce com o passar do tempo. Então, encontrando a metáfora ideal para o matrimônio, os cristão aderiram ao termo.
Hoje em dia, a lua de mel possui vários significados que variam de pessoa para pessoa. Há casais, por exemplo, que tiram um período de lua de mel sem nem mesmo se casarem. Em contrapartida, há também aqueles que tem várias luas de mel ao longo do casamento, afinal, a ideia é celebrar os anos de companheirismo e a doçura da companhia.
E então, o que achou da origem da lua de mel? Se gostou, confira também: 5 tradições antigas de casamento que você não vai acredtar que existiam.