Pelé x Maradona – como nasceu essa rivalidade histórica

Saiba como a rivalidade entre Pelé e Maradona foi alimentada por torcedores que promoveram uma disputa sobre qual jogador era o melhor no campo.

Pelé x Maradona sempre foi uma discussão polêmica no mundo do futebol. Esses jogadores se conheceram em 9 de abril de 1979. Naquela época, o astro brasileiro havia pendurado as chuteiras há dois anos com uma grande aposentadoria do New York Cosmos.

Em suma, os dois melhores camisas 10 do planeta alimentaram a eterna disputa entre Brasil e Argentina, com declarações polêmicas sobre quem era o melhor que extrapolavam o campo esportivo em algumas ocasiões, embora nos últimos anos prevalecesse a admiração mútua.

Saiba mais sobre a origem dessa “rivalidade” a seguir.

Como surgiu a rivalidade entre Pelé x Maradona?

Edson Arantes Do Nascimiento, mais conhecido como ‘Pelé ‘ e Diego Armando Maradona são considerados dois dos maiores jogadores de futebol de toda a história, então não é surpresa que os torcedores sempre façam debates Pelé x Maradona para decidir quem foi melhor.

Desse modo, a rivalidade entre Pelé e Maradona foi alimentada por jornalistas esportivos e torcedores do Brasil e da Argentina que sempre tiveram uma disputa sobre qual dos dois é melhor. Os de um lado veem Pelé como o melhor jogador da história e os de outro veem Maradona como um ‘Deus’.

Apesar de especialistas concordarem de que não há uma origem datada do início da rivalidade entre esses dois, a polêmica se intensificou em dezembro de 2000.

Na ocasião, a FIFA escolheu o melhor jogador do século e, como costuma acontecer entre o meio acadêmico e o popular, a organização ficou com Pelé e o público votou em Maradona.

A partir daí, houve amargas trocas de declarações entre eles sem que ficasse muito claro se o duelo era pessoal ou tinha mais a ver com a clássica rivalidade entre os dois gigantes sul-americanos, Argentina e Brasil.

Apesar de tudo, em 2005 eles dividiram a bola na frente das câmeras de televisão. Maradona apresentou um programa e Pelé foi convidado para o que se chamou “o encontro do Rei com Deus”. Para delírio do público, que nunca os viu juntos em uma quadra, os dois seguraram a bola no ar por vários minutos, cabeceando.

Atuação dentro e fora do campo

Suécia 1958, Chile 1962 e México 1970 foram as Copas do Mundo que testemunharam o prodígio carioca do Rei Pelé. Seus gols e os dribles são lembrados hoje como joias históricas da rodada.

Pouco mais de uma década depois, seria a vez de Diego Armando Maradona brilhar. A Copa do Mundo de 1986, no México, foi sua maior vitrine perante o mundo. Todos já sabiam do que ele era capaz, mas precisava se manifestar diante dos olhos de todo o planeta.

A famosa ‘Mão de Deus’ ou o ‘Gol do Século’ contra a Inglaterra são imagens que o tempo não apagou. Sobre seus ombros repousava a esperança do bicampeonato mundial e Maradona não decepcionou. Assim como Pelé, o estádio Azteca o viu erguer o troféu mais cobiçado de todos.

Apesar disso, o reinado de Diego não durou muito. Ele perdeu a final na Itália 1990 e deixou a competição nos Estados Unidos 1994 de forma constrangedora devido a um teste de doping positivo.

Fora de campo, as personalidades de um e de outro sempre foram opostas. Enquanto Pelé foi mais reservado em muitos aspectos, Maradona esteve no olho do furacão em diferentes ocasiões devido a problemas com sua vida pessoal.

Amizade entre os craques

Fora de campo prevalecia o respeito e a amizade entre os dois ícones do futebol. Desse modo, Pelé dedicou algumas palavras sentidas ao argentino no dia de sua morte. “Hoje, eu sei que o mundo seria muito melhor se pudéssemos comparar menos uns aos outros e passássemos a admirar mais uns aos outros. Por isso, quero dizer que você é incomparável”, escreveu Pelé.

Pelé x Maradona - como nasceu essa rivalidade histórica

Maradona também teve palavras para Pelé na época para amenizar a rivalidade. “Sem mais lutas. Agradeço ao Pelé por estar ao lado dos jogadores. Nós o amamos de todo o coração porque sabemos quem ele era e quem ele será.”

Por fim, como se fosse uma premonição sobre o que vai acontecer depois, Pelé, um dia, deixou claro o que queria após sua morte. “Um dia, lá no céu, jogaremos juntos no mesmo time. E vai ser a primeira vez que eu vou dar socos no ar sem estar comemorando um gol, mas sim, por poder te dar mais um abraço”.

Fontes: BBC, Uol, Goal, Futdados

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