Em primeiro lugar, a Ritalina é o principal medicamento indicado para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Nesse sentido, esse transtorno atinge cerca de 3 a 5% da população e é diagnosticado, geralmente, quando a criança começa a vida escolar.
Para esse diagnóstico é preciso uma equipe multidisciplinar, formada por neurologistas e psiquiatras. A ajuda da família e professores é indispensável, para que os profissionais possam entender a origem da desatenção, hiperatividade e demais características do distúrbio.
O problema é que, assim como o uso do Rivotril (sobre o qual também já escrevemos), a Ritalina tem sido utilizada de forma banal, muitas vezes por pessoas que nem sequer são diagnosticadas com os problemas que acabamos de mencionar. Essas histórias são especialmente comuns entre os vestibulandos, devido aos efeitos proporcionados pelo remédio.
Utiliza-se para o tratamento de quais doenças?
De acordo com Leandro Teles, neurologista e Membro da Academia Brasileira de Neurologia, “A indicação principal é o TDAH. O diagnóstico é clínico e o uso do medicamento acontece em casos selecionados, sempre com recomendação e prescrição médica, de preferência com especialização.”
Para crianças, a prescrição deve ser feita por neuropediatras e psiquiatras infantis, enquanto para adultos por neurologistas e psiquiatras. Especialistas explicam que o uso do medicamento pode iniciar em torno de 6 ou 7 anos de idade e que pode perdurar enquanto houver benefício e segurança para tal.
Em casos bem indicados, a melhora é evidente no prognóstico social, familiar e escolar da criança. Além disso, ocorre redução no risco de complicações como depressão, ansiedade, transtornos de ajustamento, uso de drogas, baixa autoestima, envolvimento com violência e criminalidade.
Isso porque o medicamento zera os níveis de ansiedade, deixa a pessoa extremamente focada e tira desejos por drogas, bebidas alcoólicas e até mesmo a fome; vontades muitas vezes causadas pela inabilidade da pessoa lidar com seu estado psicológico e com a agitação que esses transtornos trazem.
Mas, existem outras doenças em que a administração do remédio está sendo estudada, como Narcolepsia (distúrbio do sono), depressão apática grave, alterações do estado de consciência, entre outras.
Quais são os riscos e efeitos colaterais da Ritalina?
A princípio, insônia, perda de apetite, ansiedade, aumento da pressão arterial e taquicardia, são alguns dos efeitos colaterais que surgem por meio do medicamento. Ademais, médicos esclarecem ainda que o uso da Ritalina a existência desses efeitos colaterais devem estar cientes por parte dos familiares e o paciente.
Mas, de forma geral, não existem muitos relatos de efeitos colaterais físicos com o uso do medicamento. Problemas mais sérios, como convulsões e arritmias cardíacas, por exemplo; são improváveis se respeitadas as predisposições individuais e as doses recomendadas. Resumindo, em doses recomendadas e sob diagnóstico correto, a Ritalina é um medicamento seguro para tratamento.
E os benefícios?
De forma geral, a Ritalina deixa a pessoa mais mais atenta, concentrada e permite a ela sustentar esse foco por mais tempo, melhorando seu rendimento intelectual. O remédio reduz ainda a inquietude física e mental, que pode complicar muito a vida social do portador de TDAH.
Sobre os mitos que rondam o uso da Ritalina, os médicos esclarecem que não ocorre mudança na personalidade do paciente, nem mesmo se for uma criança. Ele continuará com os mesmos gostos de antes. A temida “robotização” ou pasteurização do comportamento, também muito comentados a respeito do uso diário da Ritalina não passam de mitos.
Como dito anteriormente, o que acontece é que a pessoa que toma o medicamento tem a capacidade de concentração potencializada por um determinado período de tempo. Porém, posteriormente, o comportamento disperso volta, até que administrem uma nova dose durante o tratamento.
E ai, aprendeu sobre ritalina? Então leia sobre Sangue doce, o que é? Qual a explicação da Ciência.
Fonte e Imagens: GNT