Outubro chegou, e junto com ele vem uma das campanhas mais importantes para a saúde da mulher: o Outubro Rosa. Conhecida no mundo todo, essa iniciativa foca na conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de mama, uma doença que impacta milhões de mulheres globalmente.
Neste texto, vamos explorar mais sobre o Outubro Rosa e algumas dicas de prevenção desse câncer tão comum entre as mulheres. Boa leitura!
O que é o Outubro Rosa?
O Outubro Rosa é uma campanha que busca conscientizar as pessoas sobre a importância de cuidar da saúde, destacando a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama.
Além de alertar sobre os cuidados, a campanha promove o acesso à informação e incentiva a realização de exames regulares, como a mamografia, que pode fazer toda a diferença na detecção da doença em estágios iniciais.
Por fim, vale mencionar que, durante esse período, vários monumentos e prédios públicos ganham iluminação rosa, o que representa um grande apoio à campanha. Além disso, acontecem diversas atividades, como palestras, caminhadas, corridas e eventos para arrecadar fundos que ajudam instituições na luta contra o câncer de mama. O laço rosa, símbolo da campanha, é amplamente usado para reforçar essa causa.
Qual é a origem da data?
O Outubro Rosa começou nos Estados Unidos, no início dos anos 1990. A ideia de usar o mês de outubro para falar sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama veio da Fundação Susan G. Komen for the Cure, uma ONG dedicada a combater a doença.
Desde então, a campanha ganhou força e se espalhou pelo mundo, destacando a importância de se cuidar e ficar de olho nos sinais do corpo. Hoje, o movimento é uma referência na luta contra o câncer de mama, incentivando exames regulares e promovendo a conscientização de forma acessível
9 dicas de prevenção do câncer mama
Existem várias medidas de prevenção que podem ser tomadas para reduzir o risco de desenvolver câncer de mama. Algumas delas incluem:
1- Realizar autoexame de mama regularmente
Ficar de olho nos seios com regularidade é super importante! O ideal é fazer uma autoavaliação todo mês, prestando atenção em qualquer característica fora do normal, como nódulos, inchaços, sensibilidade, dor ou mudanças na forma ou na textura.
Diante disso, caso algo diferente apareça, é uma boa ideia procurar um médico logo. Lembrando que muitas alterações são benignas, mas é sempre melhor prevenir e tirar qualquer dúvida com um especialista. Muitos casos, inclusive, são descobertos pela própria paciente, pouco mais de 60%, o que aumenta ainda mais a importância do autoexame ser tão fundamental.
2- Fazer exames específicos na mama
Em geral, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda que mulheres a partir de 40 devem realizar o exame de mamografia anualmente, sobretudo quando há casos de câncer de mama na família. Já as mulheres com 50 anos ou mais devem realizar mamografias de rotina a cada dois anos para monitorar a saúde das mamas.
Segundo a Ginecologista Mariana Noronha, quanto mais cedo o diagnóstico, mais chances de sucesso as pacientes terão no tratamento. Portanto, converse com o seu médico. Certo?
3- Estilo de vida mais saudável
Adotar uma dieta equilibrada é essencial para a saúde e pode ajudar a reduzir o risco de câncer de mama. Isso significa incluir uma variedade de frutas e legumes frescos em todas as refeições, optar por grãos integrais em vez de refinados, e escolher proteínas magras. Além disso, é importante moderar o consumo de bebidas alcoólicas, já que o excesso pode aumentar o risco de câncer.
Por último, a prática regular de atividades físicas é crucial. Exercícios como caminhadas, corridas, natação ou mesmo atividades de intensidade moderada ajudam a manter o peso corporal dentro de uma faixa saudável, o que também contribui para a prevenção.
4- Não fumar
O tabagismo está ligado a um risco maior de câncer de mama, então é fundamental evitar fumar e reduzir ao máximo o contato com o fumo passivo.
De acordo com Patrícia Izetti, médica e coordenadora-geral de Prevenção de Doenças Crônicas e Controle do Tabagismo do Ministério da Saúde, é fundamental que se evite ao máximo o tabagismo. Segundo um estudo mencionado por ela, mulheres que fumaram por pelo menos 10 anos, têm um aumento de até 18% de chance de desenvolver este câncer.
Ou seja: o ideal é evitar!
5- Evitar a terapia de reposição hormonal
Se possível, tente reduzir ou até evitar o uso de terapia de reposição hormonal. Logo, o ideal mesmo é conversar com um médico sobre as alternativas disponíveis e avaliar bem os riscos e benefícios antes de tomar qualquer decisão.
O especialista Dr. Wesley Andrade comenta que esse tipo de tratamento, combinação entre progesterona e estrogênio, principalmente em períodos muitos longos, contribui para o surgimento do câncer de mama. O ideal, na verdade, é avaliar cada paciente e verificar a real necessidade.
6- Amamentar o maior tempo possível
Amamentar por pelo menos um ano pode trazer benefícios importantes para a saúde da mãe, incluindo a redução do risco de desenvolver câncer de mama. Segundo a médica Lana de Lourdes Aguiar Lima, coordenadora-geral de Ciclos da Vida no Ministério da Saúde, quanto mais tempo a mulher amamenta, menor é esse risco. A cada 12 meses de amamentação, o risco pode ser reduzido entre 4,3% e 6%.
7- Conhecer o histórico familiar
Se houver casos de câncer de mama na família, vale a pena conversar com o médico para entender melhor se são necessários exames e acompanhamentos extras. Fatores genéticos podem aumentar o risco, e exames como a mamografia e o teste genético podem ajudar a detectar precocemente qualquer alteração.
Além disso, médicos podem sugerir uma rotina de check-ups mais frequentes ou até exames específicos, dependendo do histórico familiar.
8- Verificar a necessidade de um bloqueador de estrogênio
Atualmente, existem medicamentos chamados inibidores de estrogênio, que podem ajudar na prevenção do câncer de mama, especialmente em mulheres que já passaram dos 60 anos. Eles são uma opção bastante usada quando há um histórico familiar da doença, já que o estrogênio pode influenciar no desenvolvimento de certos tipos de câncer.
Diante disso, esses medicamentos atuam bloqueando os receptores de estrogênio nas células mamárias, o que pode reduzir os riscos. No entanto, é importante discutir com o médico se essa é a melhor opção, considerando os possíveis efeitos colaterais e o histórico de saúde de cada pessoa.
9- Considerar tomar um inibidor de aromatase
O inibidor de aromatase, um medicamento que pode ser utilizado por mulheres na menopausa, tem se mostrado eficaz na redução do risco de câncer de mama. Ele age diminuindo a produção de estrogênio, o que ajuda a prevenir o crescimento de células cancerígenas.
Sendo assim, em pelo menos 65% das mulheres nessa fase, o risco de desenvolver a doença foi significativamente reduzido, tornando esse tratamento uma opção importante na prevenção do câncer de mama.
E aí, viu como a prevenção do câncer de mama é importante? Aproveite e leia: Sintomas de câncer, 12 principais sinais que costumam ser ignorados
- Fontes: Centro de Combate ao Câncer, Ministério da Saúde, BVS, Imagem Diagnóstica, Américas Amigas, INCA, GovBR , BVSMS
Referências bibliográficas:
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Dieta, nutrição, atividade física e câncer: uma perspectiva global: um resumo do terceiro relatório de especialistas com uma perspectiva brasileira. Rio de Janeiro: INCA, 2020.