Os raios costumam despertar um pouco de medo, né? Hoje, você vai conhecer alguns fatos e curiosidades sobre raios realmente impressionantes. A começar, inclusive, pelo fato de ele poder cair duas vezes no mesmo lugar, contrariando um ditado popular bem conhecido.
O fenômeno consiste em descargas elétricas que se formam quando há uma grande diferença de carga elétrica entre as nuvens e o solo. Cerca de 90% dos raios são de polaridade negativa, levando elétrons da nuvem para o solo, enquanto os outros 10% são raios de polaridade positiva, que são bem mais raros.
E aí, vamos saber um pouco mais sobre esse fenômeno? Boa leitura!
20 curiosidades e fatos sobre os raios
1- Duração do brilho de um raio
Para começar a nossa lista de curiosidades e fatos sobre os raios, vamos falar sobre a duração desse evento estudado pela física. Acredite: um raio pode durar até dois segundos, mas geralmente dura cerca de meio a um terço de segundo. No entanto, cada descarga elétrica que compõe o raio dura apenas frações de milésimos de segundos.
Embora a potência de um raio seja grande, sua pequena duração faz com que a energia total seja relativamente pequena, algo em torno de 300 kWh, equivalente ao consumo mensal de energia de uma casa pequena.
2- 10% das pessoas morrem… Mas 70% ficam com alguma sequela
Quando alguém é atingido por um raio, as consequências podem ser graves. Aproximadamente 10% das pessoas que são afetadas por um raio morrem instantaneamente, enquanto 70% desenvolvem alguma sequela, como lesões no sistema nervoso central, perda auditiva, problemas cardíacos ou danos nos órgãos internos.
3- Sim, um raio pode cair 2 vezes em um mesmo lugar
Ao contrário do que diz o ditado popular, ele pode sim cair 2 vezes no mesmo lugar.
Diante disso, um acontecimento ainda mais raro e fascinante é o chamado “raio duplo”. Isso acontece quando um raio é desviado por uma superfície protetora, como uma árvore ou uma torre, e é refletido de volta ao chão, criando um segundo impacto.
4- O calor de um raio é extremamente forte
O calor gerada por um raio é extremamente forte e pode atingir incríveis temperaturas de até 30.000 graus Celsius, que é cerca de 50.000 vezes mais quente que a superfície do Sol. Já imaginou o quanto isso pode ser desastroso? Isso é mais do que o suficiente para incendiar objetos e causar danos às estruturas e materiais.
5- O Brasil é campeão mundial quando a gente fala em incidência de raios
O Brasil é considerado o campeão mundial, com aproximadamente 80 milhões de descargas elétricas por ano. Isso se deve por sua localização na zona tropical, onde o clima é mais quente e favorável à formação de tempestades e raios.
Além disso, a região apresenta uma alta frequência de chuvas fortes, o que também aumenta a ocorrência de raios. Para se ter uma noção disso, em comparação, países como o Sudão e os Estados Unidos registaram cerca de 50 milhões e 30 milhões de raios por ano, respectivamente.
6- Como se forma um raio
Os raios se formam devido à diferença de potencial elétrico entre as nuvens e o solo ou entre diferentes regiões de uma mesma nuvem. Durante a formação de nuvens do tipo cumulonimbus, ocorre uma separação de cargas elétricas, com a parte superior da nuvem ficando significativamente na base. Quando essa diferença de potencial se torna muito grande, o ar ioniza e permite a passagem de uma descarga elétrica, que é o raio.
7- Por que é possível ouvir um trovão
É possível ouvir um trovão porque o som se propaga mais lentamente do que a luz. Enquanto a luz se propaga em uma velocidade de aproximadamente 300.000.000 metros por segundo no vácuo, o som se propaga no ar a uma velocidade de cerca de 340 metros por segundo.
Portanto, isso significa que a luz do relâmpago é vista antes que o som do trovão chegue aos nossos ouvidos, criando a impressão de que a gente vê o relâmpago antes de ouvir o trovão.
8- Diferença entre relâmpago e trovão
A principal diferença entre relâmpago e trovão é que o relâmpago é uma luz intensa e brilhante produzida pela descarga elétrica do raio, enquanto o trovão é o som estrondoso causado pelo rápido aquecimento e expansão do ar ao longo do caminho do raio.
Embora ocorra simultaneamente, o relâmpago é visto antes do trovão porque a luz viaja muito mais rápido do que o som. O relâmpago pode ser visto mesmo durante o dia, enquanto o trovão só é ouvido após alguns segundos, dependendo da distância da descarga elétrica.
9- O tamanho do raio não está ligado ao tempo que ele dura
O tamanho do raio não está, necessariamente, diretamente relacionado ao tempo que ele dura. Embora raios mais longos possam durar mais tempo, isso não é uma regra geral. Por exemplo, um raio de 709 km de comprimento, o mais extenso registrado, durou apenas 16,73 segundos.
Isso ocorre porque a duração do raio é influenciada por fatores como a intensidade da descarga elétrica e a resistência do ar, enquanto o comprimento é determinado pela distância entre as regiões carregadas eletricamente na atmosfera.
10- Os raios não são eventos exclusivos de tempestades
Sim, um outro fato e curiosidade sobre raios é o de que eles não acontecem exclusivamente em tempestades. Embora os raios sejam mais comumente associados a eles, eles não são exclusivos. Raios também podem ser provocados por erupções vulcânicas, incêndios florestais, detonações de bombas nucleares e até mesmo por atividades humanas, a exemplo de explosões.
No entanto, a grande maioria dos raios ocorre durante tempestades, especialmente em regiões tropicais como o Brasil, que regista cerca de 80 milhões de descargas eléctricas por ano.
11- A probabilidade de ser atingido por um raio
A probabilidade de ser atingido por um raio é muito baixa. Isso porque depende do local e do tempo. Em média, a probabilidade de ser atingido por um raio em um ano é de cerca de 1 em 700.000. No entanto, em áreas com alta frequência desse fenômeno, como o Brasil, a probabilidade aumenta para cerca de 1 em 1.000.
12- Raios produzem raio x, raios gama e plasma
Os raios podem produzir diferentes tipos de radiação, incluindo raios X, plasma e, em circunstâncias específicas, raios gama. Isso ocorre porque os raios são descargas elétricas que se propagam entre as nuvens e o solo, criando condições para a formação de outras formas de radiação.
Por exemplo, quando um raio atinge a superfície do solo, pode produzir plasma, que é um estado da matéria composto por gases ionizados. Além disso, os raios também podem produzir raios X, que são uma forma de radiação eletromagnética de alta frequência e energia.
Já a produção de raios gama é um processo mais complexo e geralmente está relacionado a reações nucleares. Os raios gama são produzidos quando um núcleo atômico em estado excitado transita para um estado de menor energia ou durante a desintegração de isótopos radioativos.
13- Nem sempre os raios só caem
Sim, nem sempre eles caem direto no chão. Em vez disso, eles podem ser desviados por objetos condutores, como árvores, torres de transmissão ou edifícios, antes de atingir o solo. Além disso, os raios também podem ser refletidos por nuvens ou outras camadas da atmosfera.
14- Como as descargas elétricas se formam
As cargas elétricas dos raios se formam quando as nuvens se tornam eletricamente relacionadas devido à diferença de temperatura e umidade entre as camadas da atmosfera. Isso ocorre porque as partículas de água e gelo nos cumulonimbus são ionizadas pela luz solar e pela radiação cósmica, criando uma carga elétrica positiva na parte superior da nuvem e uma carga negativa na base.
Portanto, essa diferença de carga elétrica cria um campo elétrico que pode atingir potências extremamente altas, levando à formação de raios quando a tensão elétrica se torna suficientemente alta para que ocorra uma descarga elétrica.
15- A carga nas nuvens vem do atrito
A carga das nuvens é proveniente do atrito entre as partículas de gelo, gotículas e vapor de água presentes em seu interior. Isso ocorre quando essas partículas colidem e transferem elétrons uns para os outros, criando as cargas elétricas.
16- Existem raios em outros planetas
Um fato e curiosidade sobre raios, muito interessante, é o de que eles não são exclusivos da Terra. Em observações espaciais, foi possível confirmar a existência de descargas elétricas atmosféricas em vários outros planetas do Sistema Solar, como Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.
Em Júpiter, os raios são até dez vezes mais poderosos que os terrestres, chegando a superar em dez mil vezes a energia dos raios na Terra. Embora a probabilidade de ocorrência de raios esteja associada à presença de água na atmosfera, outros fatores como tempestades de areia em Marte também podem gerar descargas elétricas.
17- Leva apenas 1 segundo para os raios iluminarem os céus no mundo todo
Isso ocorre porque a luz do raio viaja a uma velocidade de aproximadamente 300.000.000 metros por segundo, permitindo que ela alcance a Terra em um tempo extremamente curto. Em apenas um segundo, a luz do raio pode percorrer uma distância enorme, criando um efeito quase instantâneo de iluminação no céu. Impressionante, não é?
18- Região de maior ocorrência de raios no Brasil
Os estados com maior ocorrência de raios no Brasil são Amazonas, Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Esses estados apresentam uma alta frequência de chuvas e tempestades, o que aumenta a probabilidade de ocorrência de raios.
Além disso, a região Norte do país é a mais afetada por raios, com o Pará e o Amazonas liderando o ranking de mortes por raios.
19- Raios negativos e positivos
Os raios podem ser classificados como positivos ou negativos, dependendo de qual parte da nuvem surgiram. Cerca de 90% dos raios são de polaridade negativa, levando elétrons da nuvem para o solo, enquanto os outros 10% são raios de polaridade positiva, que são mais raros e geralmente mais intensos.
Os raios negativos são caracterizados por uma descarga elétrica que parte da base da nuvem e chega ao solo. Já os raios positivos ocorrem quando a descarga elétrica parte do topo da nuvem e se dirige ao solo.
20- É possível saber a distância que o raio caiu
Para fechar a nossa lista sobre curiosidades e fatos sobre os raios, é possível, sim, saber a distância que o raio caiu. Logo, basta calcular a diferença de tempo entre a observação do relâmpago e do trovão.
A luz viaja a velocidade da luz (aproximadamente 300.000 km/s), enquanto o som viaja a velocidade do som no ar (aproximadamente 0,33-0,35 km/s). Para calcular a distância em milhas, basta dividir o tempo em segundos entre o relâmpago e o trovão por 3. Isso vai te dar a distância aproximada do raio em milhas.
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- Fontes: Guia dos Curiosos, Mundo Educação, Brasil Escola, Engerey