Em primeiro lugar, para entender o que é metaverso precisa-se contextualizar com as novas mudanças no Facebook. Basicamente, essa semana o grupo de tecnologia anunciou que mudou o nome corporativo para Meta. Além disso, reforçou que a medida é parte de uma grande reformulação para o “futuro da internet”, como afirmou Zuckerberg.
Sendo assim, a mudança de nome significa que o grupo Facebook irá englobar suas plataformas no interior da empresa Meta. Portanto, o Instagram, WhatsApp e Facebook Messenger estarão no interior da corporação. Mais ainda, o CEO da companhia afirmou ter a intenção de transformar a empresa num metaverso.
Nesse sentido, um metaverso consiste em um mundo virtual que tenta replicar a realidade por meio de aparelhos digitais. Em outras palavras, consiste em um espaço coletivo e compartilhado com base na realidade virtual ou aumentada. A princípio, é um conceito que surgiu na obra Nevasca, de Neal Stephenson, em 2008.
Comumente, jogos digitais possuem essa característica na base de seu desenvolvimento. Como exemplo, pode-se citar Second Life, Roblox e Fortnite que se pautam na imersão do jogador em um universo a parte do real. Portanto, a ideia de criar metaversos a partir de empresas é inovadora, mas apresenta alguns problemas.
Entenda melhor o que é metaverso
Sobretudo, a definição de o que é metaverso decorre da etimologia, que tem relação direta com a noção de ir além. Nesse contexto, não se trata somente da imersão na realidade virtual. Por outro lado, ainda representa a expansão desse universo de modo que seja igual ou melhor que a “vida real”.
Sendo assim, jogos como Second Life trabalham com a experiência do usuário em, de fato, obter uma segunda vida. Portanto, diferente de jogos como The Sims, promove maior controle. Além disso, permite percepções que tentam copiar às da vida real, através de sons, cores e profundidade.
No geral, o metaverso difere-se da jogabilidade usual onde um usuário conecta-se ao jogo por meio da tela. Basicamente, a ideia é conectá-lo ao universo por meio de fones de ouvido, óculos de realidade aumentada e até plataformas especiais que simulam locomoção. Ainda que pareça coisa de filme futurista, essa é uma indústria em crescimento no mundo dos jogos.
Ademais, a ideia é que cada usuário possua um avatar que seja sua representação em todos os aspectos possíveis. Porém, é possível criá-lo da forma com que deseja. Desse modo, pode-se não somente entrar numa realidade alternativa e digital, mas modificar os aspectos reais livremente.
A partir dessa imersão do metaverso, busca-se promover experiências que simulem a realidade em todos os aspectos possíveis. Por exemplo, a presença em shows, confraternizações e até mesmo reuniões de trabalho. Além disso, existem jogos que tentam simular a sensação real de ir para um restaurante famoso ou viajar para um destino distante.
Em resumo, essas simulações existem e fazem parte do universo dos games. Previamente, artistas como a Ariana Grande e o Lil Nas X realizaram shows dentro de jogos como Fortnite e Roblox. Aliás, conseguiram reunir milhões de usuários nas plataformas, que ainda cobrou ingresso normalmente.
Problemas e polêmicas
Por um lado, estima-se que a criação de um metaverso na indústria da tecnologia, em especial das redes sociais, pode gerar maior conexão. Aliás, a própria Facebook tratou da criação dessa realidade virtual como instrumento para conectar as pessoas em diferentes lugares do mundo. Mais ainda, de uma forma pessoal e próxima que nem sempre é possível por meio da tela.
Nesse sentido, entende-se este como o futuro da tecnologia, porque pode ajudar em diversos ramos. Por exemplo, é possível que na indústria automotiva, os compradores tenham a experiência de pilotar o carro como fariam na concessionária. Ademais, seria possível que a área da engenharia e arquitetura projetassem construções com muito mais imersão e profundidade.
Em contrapartida, existem problemas nessa perspectiva porque o campo da realidade virtual ainda tem poucos estudos. Além disso, precisa-se levar em conta as movimentações de marketing nesse processo. Ou seja, a própria Facebook criou a empresa Meta na intenção de desvincular o nome da empresa às incontáveis polêmicas recentes.
Comumente, especialistas ainda estão estudando os impactos psicológicos do metaverso. Em resumo, a dissociação da realidade para a inserção com tanta profundidade no mundo virtual pode criar problemas de autoimagem, sociabilidade e distúrbios emocionais. Por fim, as consequências a um nível neural dessa intensidade de estímulos e conectividade também é uma questão em análise.
Apesar disso, resta esperar para ver como as empresas de tecnologia e a indústria de jogos irá se adaptar nesse processo. Acima de tudo, o desenvolvimento de novos aparelhos e dispositivos, cada vez mais modernos, parecem ser uma saída possível.
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