Existem cores de olhos realmente raras e exóticas. Em primeiro lugar, temos o caso da condição chamada de heterocromia, em que o indivíduo apresenta cada olho de uma cor, em seguida, os olhos pretos.
As cores dos olhos, com efeito, são fatores que realmente chamam nossa atenção. Em suma, essa característica é determinada a partir da pigmentação da íris, que é a parte colorida dos olhos.
Nesse sentido, a partir da genética, os genes dos pais interagem e produzem diversas proteínas, dentre elas a melanina, que colore a íris. Quanto mais melanina mais escuros ficarão os olhos da pessoa.
Assim, continue lendo o texto para saber o porquê isso ocorre, além de conhecer quais são as demais cores raras e exóticas que os olhos podem ter.
O que define a cor dos olhos?
A cor dos olhos é uma característica genética, ou seja, herdamos, de certa forma, de nossos pais. No entanto, o que dá a coloração à íris é uma proteína chamada melanina.
Conforme a concentração de melanina nos olhos, é possível observar as diferentes cores de olhos. Dessa forma, os mais claros com menos melanina e os mais escuros com uma maior concentração da proteína em questão.
Por que as pessoas têm cor de olhos diferentes?
Em virtude da combinação dos genes dos nossos pais, os nossos olhos apresentam cores únicas, assim como as impressões digitais. Em geral, a cor dos olhos dos descendentes pode ser diferente das dos pais, de fato, tendendo a ser mais escura.
Além disso, outra curiosidade acerca desse tema é a de, ao nascermos, apresentarmos uma cor de olhos e, conforme o tempo passa, ela ir mudando.
Isso ocorre, pelo fato de, ao nascer, o bebê ainda não possuir melanina suficiente e, então, ir produzindo nos primeiros 3 meses de vida. Consequentemente, os olhos podem ir escurecendo com o passar do tempo.
Variações de cores da íris
Quando pensamos em cores de olhos, geralmente, lembramos das mais comuns, como castanho, verde e azul, não é? No entanto, existem diversas variações, confira:
- azul-claro;
- azul-esverdeado;
- cinza;
- azul-escuro;
- azul-acinzentado com manchas amarelas ou marrons;
- cinza-esverdeado com manchas amarelas ou marrons;
- verde;
- verde com manchas amarelas ou marrons;
- avelã ou castanho-esverdeada;
- âmbar ou laranja-amarelado;
- castanho-claro;
- castanho-escuro e/ou preto;
- vermelho ou rosa;
- violeta.
É importante ressaltar, no entanto, que as cores de olhos podem mudar temporariamente em função das emoções, do clima e do horário do dia.
Tais mudanças ocorrem em decorrência, sobretudo, da diferença de exposição à luminosidade, pela expansão e contração da íris e pelo envelhecimento.
Cores de olhos mais sensíveis à luz
Existe uma crença popular que diz que os olhos claros são mais sensíveis à luz. No entanto, essa informação não passa de um mito, conforme veremos a seguir.
De acordo com o que já vimos anteriormente, a cor dos olhos fica na íris. Todavia, as células chamadas fotossensíveis se localizam em outra parte do olho: na retina.
Portanto, a cor dos olhos e a sensibilidade à luz não têm relação alguma, visto que pessoas com olhos escuros podem sentir maior incômodo enquanto pessoas com olhos claros, menos ou vice-versa. Ou seja, não há uma regra nesse sentido.
Fotofobia
Em suma, essa é uma condição em que as pessoas sentem um grande incômodo por conta da luminosidade. No entanto, é importante ressaltar que a fotofobia pode ser apenas um sintoma de dor de cabeça, por exemplo, podendo desaparecer naturalmente.
Caso não seja essa a situação, tal estado pode ser o sintoma de uma doença na córnea, ou o acometimento do astigmatismo.
Se você se sentir assim, aliás, é muito importante buscar ajuda médica e utilizar óculos escuros para proteger seus olhos.
Cores raras e exóticas de olhos
1. Heterocromia
Essa não é uma cor definida, de fato, mas sim uma condição ocular rara em que a cor de uma íris diferente da outra, ou quando há uma mancha na íris de uma cor totalmente diferente do resto.
Em suma, é um tipo bastante incomum de coloração para os olhos. Embora muitas pessoas usem lentes de contato para deixar a cor dos olhos mais uniforme, sem dúvidas, é uma raridade que deveria ser ostentada.
2. Preto
Não há um consenso acerca da existência ou não de olhos pretos, já que alguns especialistas afirmam que não, que esses olhos se trata apenas de um castanho bem escuro.
Polêmicas à parte, o que importa, de fato, é que essa cor de olho (seja castanho muito escuro, seja preto) está presente em apenas 1% da população.
Além disso, a existência desse tom é proveniente de uma grande concentração de melanina.
3. Violeta
Essa cor é mais frequentemente encontrada em pessoas com albinismo.
Combine a falta de melanina, que geralmente deixa os olhos azuis, com o vermelho da luz refletida nos vasos sanguíneos dos olhos e você terá um lindo par de olhos de cor violeta!
Aliás, os olhos violetas são considerados raros e exóticos. Não há como discutir, não é?
4. Vermelho / Rosa
E você já viu olhos avermelhados ou rosados por aí? Eles são, realmente, raros. Essa tonalidade é resultado de duas condições principais:
- albinismo;
- vazamento de sangue na íris.
Embora os albinos tendam a ter olhos azuis muito claros, devido à falta de pigmento, algumas formas de albinismo, com efeito, podem fazer com que os olhos pareçam vermelhos ou rosados.
Isso ocorre, por causa da falta total de melanina nos olhos. Tal condição permite, dessa maneira, enxergarmos o sangue por trás dos olhos quando são iluminados.
Interessante, não é?
5. Olhos verdes
Por fim, apenas 2% da população mundial possui olhos verdes, ou seja, essa cor é definitivamente rara. Ela é formada da seguinte maneira:
- muito pouca melanina;
- uma explosão de lipocromo;
- a dispersão de luz de Rayleigh, que reflete no tecido conjuntivo amarelo e pode formar uma variedade de tons de verde.
Sabia disso?
Então, você tem olhos de alguma dessas cores? Se não tiver, não fique triste, todas as cores de olhos têm sua particularidade e são todas lindas!
Agora, falando no assunto, você pode gostar de conferir ainda: 6 coisas que a ciência diz sobre olhos azuis.
Fonte: Newlentes, Bonde, L’Officiel, Lenscope.
Fotos: Pinterest
Bibliografia:
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