Mais um ano está chegando ao fim e, antes das correrias de Natal, o que vem por aí? Acertou quem pensou em Black Friday! Essa data cheia de saldões insanos e mergulho no mundo das compras começou nos Estados Unidos e, há alguns anos, desembarcou no Brasil.
Embora muitos brasileiros já se preparem com ansiedade para gastar à vontade durante a Black Friday, a realidade é que muita gente já saiu decepcionada com as compras. Seja porque pagaram mais do que deveriam achando que estavam fazendo um ótimo negócio, receberam produtos errados ou enfrentaram dores de cabeça nas compras online.
Que tal conferir algumas curiosidades sobre a Black Friday? Boa leitura!
20 fatos e curiosidades sobre a Black Friday e sua origem
1. Foi usado pela primeira vez em setembro de 1869
Acredita-se que essa tenha sido a primeira vez que o termo Black Friday foi utilizado, em referência a um evento financeiro que ocorreu em 24 de setembro de 1869, nos Estados Unidos. Nessa ocasião, os especuladores Jay Gould e James Fisk procuraram controlar o mercado de ouro na Bolsa de Valores de Nova York.
No entanto, uma manobra começou a desestabilizar o mercado financeiro, o que preocupava o governo. Para conter a crise que já apresentava sinais, o presidente Ulysses S. Grant planejou que grandes quantidades de ouro fossem liberadas no mercado.
Com o aumento arrependido da oferta, o preço do ouro despencou, causando enormes prejuízos para os investidores que tinham aplicado a alta artificial. Esse colapso resultou em uma queda significativa na economia, e muitos investidores foram à falência.
2. Teoria sobre o surgimento do termo
A sua origem, na verdade, é incerta, mas a mais aceita sugere que ele começou a ser usado nos Estados Unidos na década de 1950, na Filadélfia. A expressão foi utilizada pelos policiais para descrever o caos nas ruas após o feriado de Ação de Graças, quando uma multidão de consumidores invadia as lojas, causando engarrafamentos e tumulto.
3. “In black” x Black Friday
A expressão “Black Friday”, ao contrário do que muitos imaginam, não significa “Sexta-Feira Preta”. O termo “In Black” vem da contabilidade, onde estar “no preto” indica que um negócio está lucrativo, ao contrário de estar “no vermelho”, que significa prejuízo. É mais ou menos como falar que alguém está “com as verdinhas”, indicando que está com dinheiro ou sem lucro.
4. Big Friday
Nos anos 60, na Filadélfia, a polícia tentou dar um novo apelido para a data: “Big Friday”, que pode ser traduzido como “Grande Sexta-Feira”. Os oficiais ficaram frustrados com o trânsito intenso causado pela multidão de consumidores que saíram às ruas em busca das ofertas do dia e acharam que o nome captaria bem esse caos.
No entanto, o termo não caiu no gosto popular, principalmente porque os comerciantes não gostaram da ideia de associar os dados a problemas como poluição e congestionamento. Eles preferiram que o foco tivesse um aspecto positivo das promoções e não estimulasse o consumo, o que ajudou o termo que conhecemos hoje a prevalecer.
5. Ficou mais conhecido nos anos 2000
A famosa data de grandes liquidações já existe há muito tempo, mas só ganhou popularidade de verdade a partir dos anos 2000. A razão disso é que, a partir desse período, os descontos passaram a ser ainda mais atrativos, já que muitas lojas aproveitam para esvaziar seus estoques e abrir espaço para os produtos de Natal, que costuma ser uma das épocas de maior consumo do ano.
Além disso, a expansão do comércio eletrônico ajudou a impulsionar o fenômeno, tornando as promoções mais acessíveis e conhecidas globalmente.
6. Black Friday no Brasil
A Black Friday chegou oficialmente ao Brasil em 2010, marcando o início de uma tradição no comércio do país. A primeira edição aconteceu em 28 de outubro daquele ano, e foi totalmente online, com algumas lojas aproveitando o conceito de promoções e descontos expressivos.
7. Regiões brasileiras que mais compram
Desde 2010, as regiões brasileiras que mais se destacam nas compras durante a Black Friday são o Sudeste, que lidera com 61% das vendas, e o Nordeste, responsável por 16%.
8. Horários de pico
Se o plano é fazer compras online na Black Friday, é bom ficar atento aos horários do pico, quando o tráfego nos sites costuma ser mais intenso: entre meia-noite e 2h da manhã e também entre meio-dia e 14h.
Nesses momentos, é comum que as páginas fiquem mais lentas ou que os estoques se esgotem rapidamente, então vale a pena ter um pouco mais de paciência para garantir suas ofertas.
9. Selo Black Friday Legal
Vai comprar na Blck Friday? Fique de olho no Selo Black Friday Legal, concedido pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. Ele identifica as empresas que realmente se comprometeram com a data e as práticas seguras do e-commerce.
10. Já causou mortes
Como a gente já sabe, o evento acontece na sexta-feira logo após o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. Ele é famoso pelos grandes descontos, que podem chegar a até 90% em alguns produtos, atraindo multidões ansiosamente para aproveitar as ofertas. A combinação de preços baixos e a pressão para garantir os melhores produtos faz com que, muitas vezes, o ambiente seja caótico.
Em 2008, uma tragédia marcou na Black Friday. Durante a abertura das portas de uma loja do Walmart em Nova York, um funcionário temporário, Jdimytai Damour, foi fatalmente pisoteado por uma multidão que avançou descontroladamente.
11- Não é o dia que bate recordes de venda
Embora a Black Friday seja amplamente conhecida pelas grandes promoções, surpreendentemente, não é o dia que bate recordes de vendas. Na verdade, o sábado que antecede o Natal é o campeão em volume de compras.
Esse dia atrai muitos consumidores que deixam as compras de última hora, especialmente os presentes de Natal. As lojas ficam lotadas com pessoas que buscam ofertas de última hora, impulsionando as vendas de maneira ainda mais intensa do que na Black Friday.
12- Os eletrônicos são os queridinhos
Para nós, isso não é uma grande surpresa, já que a tecnologia tem dominado quase todas as esferas das nossas vidas. Em primeiro lugar, os eletrônicos representam quase 45% das vendas na Black Friday, segundo pesquisas. Em segundo lugar estão as roupas acompanhadas dos acessórios, os quais representam 19% das vendas.
Por fim, itens relacionados a jogos, e também artigos de peleza e perfumaria, representam, juntos, cerca de 9% das vendas.
13- A internet é reponsável por 80% das vendas
Comprar no conforto de casa, sem enfrentar multidões ou filas enormes, é realmente uma das grandes vantagens do comércio online, não é? Além de ser prático, oferece a liberdade de escolher com calma e pesquisar preços sem pressa. Fora que você pode trocar ou devolver a mercadoria, caso não tenha gostado.
Não à toa, a internet se tornou um dos principais canais de vendas. Segundo uma pesquisa do Google realizada em 2017, 80% das compras já foram feitas por meio de computadores ou celulares.
Desde então, esse número só cresceu, especialmente com o aumento do uso de smartphones e a popularização de aplicativos de compras, tornando o processo ainda mais acessível e rápido para os consumidores.
14- Movimento #OptOutsid
Em 2015, algumas lojas nos Estados Unidos lançaram o movimento #OptOutside como uma resposta ao consumismo desenfreado da Black Friday. A proposta era simples: em vez de abrir suas portas e se juntar à correria do dia, essas lojas optaram por fechar, dando uma pausa no comércio e incentivando seus clientes a aproveitarem o tempo de forma diferente.
Os funcionários receberam folga remunerada, e a campanha sugeria que todos aproveitassem o dia ao ar livre, em contato com a natureza. Com essa iniciativa, as lojas buscaram chamar a atenção para a importância de priorizar experiências em vez de compras, o que acabou inspirando outras empresas e pessoas a repensarem a forma como lidam com o consumismo nas datas comerciais. Bem legal, né?
17- A pior Black Friday da história
Em 2008, os Estados Unidos enfrentaram uma grave crise financeira que abalou a economia global. Esse cenário gerou preocupações sérias entre os comerciantes, que temiam uma queda drástica nas vendas. No entanto, mesmo diante dessa adversidade, o mercado conseguiu surpreender ao movimentar impressionantes 10 bilhões de dólares em vendas.
18- Brasil: melhor Black Friday da história
Em contraste com o cenário anterior, o ano de 2020 se destacou com um recorde impressionante de vendas no Brasil. Segundo dados da Neotrust/Compre&Confie, o país movimentou mais de R$ 5 bilhões em vendas durante esse período, refletindo um crescimento significativo em relação aos anos anteriores.
19- Black Friday e o dia dos solteiros
Apesar de a Black Friday acumular um volume específico de vendas, os chineses revolucionaram o comércio ao criar o Dia dos Solteiros, que se tornou o evento de compras mais importante do mundo em termos de faturamento.
Comemorado anualmente em 11 de novembro, esse dia ganhou popularidade não apenas na China, mas também em outros países, atraindo consumidores em todo o mundo. Em 2018, as vendas nesse dia alcançaram impressionantes 30 bilhões de dólares.
20- Lista de exclusão da Black Friday
E, por falar em comprometimento de boas práticas de comércio, muitos sites por aí não passam nem perto disso. Tanto que o Procon-SP listou mais de 400 sites dos quais os consumidores não devem comprar no dia do saldão. Eles teriam recebidos reclamações, mas não se pronunciaram.
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- Fonte: O Globo, Techmundo, Olhar Digital, Procon SP, Consolide Blog, Tech Tudo, O Globo