17 fatos para entender quem são e como agem os serial killers

Clique e saiba quais são os 17 fatos para entender quem são os serial killers: indivíduos que cometem crimes sem sentir remorso.

Os serial killers são indivíduos que cometem uma série de assassinatos durante um determinado período, geralmente com um intervalo de tempo entre esses crimes. Essa característica é o que o diferencia dos assassinos em massa, já que um dos seus traços é cometer vários assassinatos em questão de horas.

Outra característica comum entre eles é a falta de empatia e a capacidade de cometer crimes sem sentir culpa ou remorso. Eles podem ser motivados por traumas sofridos na infância ou adolescência e podem escolher suas vítimas de acordo com suas vitimologias, ou seja, características que eles gostam, apresentam afinidade.

E aí, vamos saber um pouco mais sobre os serial killers? Continue com a gente!

17 fatos para entender quem são e como agem os serial killers

1- Há 4 tipos de assassinos em série

Como é de se esperar, pesquisadores têm, exaustivamente, tentando tipificar esses indivíduos, no entanto é uma tarefa bem complexa. Porém, foi possível chegar a 4 tipos de serial killers:

Visionário

São impulsionados por alucinações ou delírios. Eles podem acreditar que estão sendo instruídos por vozes ou entidades sobrenaturais para cometer assassinatos. Como exemplo, a gente pode citar David Berkowitz, conhecido como “Son of Sam”, que alegava ser controlado por uma entidade demoníaca que se comunicava através do cachorro de seu vizinho.

Missionário

Acreditam que estão cumprindo uma missão para livrar o mundo de certos grupos de pessoas. Eles têm um forte senso de justiça pessoal e geralmente escolhem suas vítimas com base em características específicas que eles consideram totalmente indesejáveis. Um caso que pode ser usado como referência é o do serial killer Joseph Paul Franklin, que cometeu vários assassinatos motivados por ódio racial com o objetivo de eliminar pessoas que ele considerava inferiores.

Emotivo

Esse tipo de serial killer mata por prazer. Ele pode ser subdividido em três categorias: orientados pelo lucro, orientados pelo prazer sexual e orientados pela emoção. Dessa forma, buscam gratificação e satisfação pessoal através de seus atos criminosos.

Ted Bundy é um exemplo de um serial emotivo orientado pelo prazer sexual, pois ele matou muitas jovens mulheres para satisfazer seus desejos sexuais tidos como bem pervertidos.

Sádico

Por fim, esses assassinos em série buscam dominar e controlar suas vítimas, sentindo uma sensação de poder ao exercer controle absoluto sobre a vida e a morte. O ato de matar é uma forma de exercer esse controle.

Um caso famoso desse tipo é o de Dennis Rader, conhecido como BTK (Bind, Torture, Kill). Ele sentia prazer em submeter suas vítimas a torturas e humilhações antes de finalmente matá-las.

2- Geralmente tem QI acima da média

Os serial killers não são necessariamente mais inteligentes do que a população em geral. De fato, estudos mostram que a média de QI dos serial killers é de 94,5, ou que está abaixo da média populacional de 100.

Embora alguns serial killers mais famosos, como Ted Kaczynski (QI 167) e Edmund Kemper (QI 145), tenham tido QIs com especificações altas, eles são uma exceção e não a regra. Muitos serial killers, como Gary Ridgway, têm QIs abaixo da média. A crença de que serial killers são gênios é, em grande parte, um mito alimentado pela mídia e pela ficção.

3- Tríade Homicida: características que surgem na infância

Também conhecida como a “tríade de Macdonald”, é um conjunto de três características que, segundo alguns especialistas, estão presentes na maioria dos assassinos em série quando são crianças ou adolescentes. São elas:

  • Enurese noturna avançada (urinar na cama em idade mais avançada)
  • Crueldade e abuso sádico com animais e outras crianças
  • Piromania (obsessão por incêndios)

Essa teoria foi proposta em 1963 pelo psiquiatra forense John MacDonald, que acreditava que a presença de pelo menos duas dessas características poderia indicar uma tendência possível para se tornar um assassino em série no futuro. No entanto, vale mencionar que estudos subsequentes não conseguiram, necessariamente, validar esse estudo.

4- Fazem parte de famílias consideradas disfuncionais

Os serial killers muitas vezes têm origens em famílias disfuncionais, as quais são marcadas por abusos físicos, sexuais e psicológicos, alcoolismo, prostituição e um ambiente hostil durante a infância e adolescência. Embora nem todo indivíduo proveniente de um lar problemático se torne um assassino em série, muitos serial killers apresentam históricos de relacionamentos interpessoais difíceis desde cedo, sendo expostos a traumas e negligências.

Dessa forma, essas experiências problemáticas na infância, aliadas a possíveis predisposições genéticas e fatores ambientais, podem desempenhar um papel importante na formação psicológica desses indivíduos, influenciando suas tendências homicidas e a falta de empatia característica dos serial killers.

5- As vítimas são escolhidas de acordo com o trauma que sofreu

Os assassinos em série escolhem suas vítimas com base em traumas sofridos na infância ou adolescência. Esses indivíduos, frequentemente vítimas de abusos físicos, sexuais e psicológicos em suas famílias, desenvolvem uma vitimologia que permite identificar em suas vítimas que os remetem a esses traumas.

Diante disso, ao escolher suas vítimas, eles buscam reviver esses momentos de sofrimento e, ao cometer o crime, experimentam uma satisfação passageira, que é, no entanto, elevada por uma necessidade de atacar novamente.

6- Modus Operandi

Eles seguem um padrão em seus crimes, conhecidos como modus operandi. Eles tendem a escolher vítimas com características específicas que remetem a seus traumas de infância, que a gente já teve a oportunidade de mencionar anteriormente. Dessa forma eles atraem, as agridem, abusam sexualmente, cometem o homicídio e, em alguns casos, praticam até a necrofilia.

7- Fatores biológicos

Estudos sugerem que diferenças biológicas no cérebro dos serial killers podem estar associadas a alterações ou anomalias que afetam a forma como esses indivíduos percebem e interagem com o mundo ao seu redor. Essas diferenças biológicas contribuem para a falta de empatia, a busca por motivação e a orientação emocional que caracterizam o comportamento antissocial.

8- Fatores sociais

Fatores sociais como preconceito, desigualdade social e violência doméstica também influenciam o comportamento de um homicida em série. Dessa forma, esses traumas e experiências adversas na infância, aliados a possíveis predisposições genéticas, podem moldar a psicologia desses indivíduos, influenciando suas tendências para se tornar um assassino e a falta de empatia característica dos serial killers.

9- Tipos: desorganizados e organizados

Os serial killers organizados são mais ardilosos e planejam seus crimes meticulosamente para não deixarem rastros que possam tornar fácil a sua identificação. Eles geralmente tentam esconder os corpos das vítimas, limpar a cena do crime, acompanhar as notícias sobre seus crimes e fornecer relações sociais aparentemente normais.

Em contrapartida, os desorganizados tendem a ser mais impulsivos e não se preocupam com erros aleatórios. Eles tendem a ser socialmente imaturos, descuidados com suas atitudes e aparência, não se preocupam em limpar a cena do crime e geralmente matam pessoas conhecidas.

10- Nem todos são psicopatas

Nem todos os serial killers são psicopatas, e nem todos os psicopatas se tornam assassinos em série. Embora a maioria dos serial killers apresente traços de psicopatia, como falta de empatia e comportamentos antissociais, nem todos se encaixam nos critérios para Transtorno de Personalidade Antissocial.

Alguns dos assassinos em série mais notórios, como Ted Bundy e Dennis Rader, eram de fato psicopatas. No entanto, existem outros tipos de serial killers, como os visionários, que geralmente são psicóticos ou esquizofrênicos e matam por acreditar em vozes ou visões. Portanto, embora a psicopatia seja comum entre esses criminosos, ela não é uma condição necessária para se tornar um assassino em série.

11- Existe um lugar para cometer os crimes

É muito comum que os serial killers escolham locais que tenham significado para eles, seja por terem sofrido um trauma ou por terem uma conexão emocional com o local. Por exemplo, um assassino em série pode escolher um local onde foi abusado ou onde sofreu um trauma para reviver esses momentos e experimentar uma sensação de controle ou vingança.

12- Sinais de um assassino sexual em série

Existem 10 sinais desse tipo de assassino, segundo Louis Schlesinger:

  1. Abuso infantil;
  2. Conduta sexual materna considerada questionável;
  3. Manipulação;
  4. Fantasia sádica;
  5. Desejo por atear fogo;
  6. Crueldade contra animais;
  7. Algum indício de comportamento ritualístico;
  8. Necessidade de controlar os outros;
  9. Ataques que não tendo como alvo mulheres, mas que apresenta emoções misóginas;
  10. Fetiches e roubos sexuais;

13- Em geral, não sentem culpa

Os assassinos em série geralmente não sentem culpa ou remorso por seus crimes. Sendo assim, são capazes de cometer atos horrendos sem se importar com o sofrimento de suas vítimas. Essa falta de empatia é uma característica comum entre esses criminosos. Eles tendem a ver suas vítimas como objetos e não como seres humanos, o que lhes permite cometer atos de violência extrema sem se sentirem culpados.

14- Vivem uma vida dupla

Parece pouco provável, mas, muitas vezes, eles vivem uma vida dupla, alternando entre seus atos criminosos e uma convivência social aparentemente normal. Sendo assim, mantêm relações interpessoais, trabalham e até famílias, enquanto isso podem, de modo paralelo, secretamente cometer crimes hediondos. Essa capacidade de dissimulação e de se camuflar na sociedade é parte do que torna os serial killers tão difíceis de serem identificados precocemente.

15-Nem sempre são motivados por impulsos sexuais

Os serial killers não são sempre motivados por impulsos sexuais para cometer crimes. Embora a sexualidade seja um fator importante em muitos casos, não é a única finalidade. Alguns serial killers podem ser motivados por outros fatores, como a necessidade de exercitar seu poder sobre as vítimas, a vingança por traumas sofridos na infância ou a busca por uma sensação de controle e dominação.

16- Apresentam uma “assinatura”

Parece estranho, mas eles geralmente deixam uma marca em seus crimes, que é uma característica particular do assassinato que reflete alguma particularidade psicológica desse indivíduo. Essa assinatura pode se manifestar de diversas formas, como escrever algo no corpo da vítima, deixar objetos peculiares na cena do crime, ou realizar rituais durante o homicídio.

Diante disso, essa marca invariável é um aspecto importante para a configuração de um assassino em série, pois revela aspectos de sua personalidade e, inclusive, motivações.

17- Nem todos os assassinos em série são homens

Por mais que exista um estereótipo sobre isso, nem todos os assassinos em série são homens, existindo também alguns casos de mulheres, afastando esse “mito”. Um exemplo claro de uma mulher serial killer é a Aileen Wuornos, a qual foi condenada por assassinar sete homens na Flórida entre 1989 e 1990.

Ela alegou que seus crimes foram cometidos em legítima defesa contra homens que a agrediram enquanto ela trabalhava como prostituta. No entanto, como ocorreu a dinâmica de seus crimes e as evidências apresentadas no tribunal sugeriram premeditação e motivação financeira.

E aí, o que achou do nosso conteúdo? Conta pra gente! Aproveite e leia também: Gilles de Rais: biografia do primeiro serial killer da história

Fonte: Jus Brasil, Brasil Escola, CNN Brasil, Educa Mundo

Bibliografia: GUIMARÃES, Rafael P. G. O perfil psicológico dos assassinos em série e a investigação criminal. ESPC, Paraná, [2018]. Disponível: http://www.revistas.pr.gov.br/index.php/espc/edicao-2-artigo-5. Acesso em: 27 mai. 2024.

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