Símbolos da Páscoa: saiba quais são e o que significam

Dos símbolos da Páscoa, todos conhecem o coelhinho e os ovos de chocolate. Mas você sabe quais são os outros? Entenda seu simbolismo.

Símbolos da Páscoa: saiba quais são e o que significam

A Páscoa é uma das datas mais esperadas do calendário cristão, celebrada todos os anos no mundo todo. Os símbolos da Páscoa tornam a data muito mais especial e com muito mais significado, trazendo elementos importantes da história e das crenças religiosas. Além dos símbolos mais famosos, como ovo e coelho, a Páscoa também tem diversos outros elementos que remetem à simbologia judaica e cristã.

Os símbolos da Páscoa representam a renovação e a vida, temas que são centrais nas tradições religiosas que cercam a data. A Páscoa é um momento de renovação da fé, de esperança e de amor, e os símbolos ajudam a reforçar esses valores. O ovo, por exemplo, representa a vida que renasce, assim como o coelho, que simboliza a fertilidade e a renovação.

Além desses elementos, a Páscoa também possui outras simbologias, como o pão ázimo, que representa a humildade, e o vinho, que simboliza o sangue de Cristo. Esses elementos são importantes na tradição judaica da Páscoa, que é celebrada para lembrar a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. Já para os cristãos, a Páscoa é uma celebração da ressurreição de Jesus Cristo.

Origens da Páscoa

Os símbolos da Páscoa e seus significados estão presentes em diversas tradições religiosas e culturais, e cada um deles tem uma história e um significado especial. A própria etimologia da palavra Páscoa remonta à tradição judaica, já que a palavra hebraica “Pessach” significa “passagem”, em referência à passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho durante a fuga do Egito. Para os cristãos, a palavra Páscoa tem origem no latim “Pascha”, que significa “passagem”, em referência à passagem de Cristo da morte para a vida.

Enquanto os judeus comemoram a Páscoa com um jantar ritualístico chamado de Seder, os cristãos celebram a Páscoa com missas e cultos, além de muitas vezes trocarem ovos de chocolate e presentes simbólicos. Independentemente da tradição religiosa, a Páscoa é uma data importante que nos lembra de valores como renovação, esperança, amor e fé. Os símbolos da Páscoa ajudam a reforçar esses valores e tornam a data ainda mais especial e significativa.

Símbolos da Páscoa e seus significados

Páscoa: normalmente, quando se pensa nela, alguns símbolos prevalecem. Na cultura popular, principalmente na ocidental, temos a figura icônica do famoso Coelhinho da Páscoa, mas também dos ovos, o chocolate e uma série de outros elementos, alguns, alegóricos e decorativos, outros, sagrados.

Entretanto, cada um desses elementos não veio ao mundo do nada. Todos eles têm sua relação com a data, além de origens próprias. Confira, a seguir, os principais símbolos da Páscoa e seus usos e significados:

1 – Coelho da Páscoa

O coelho é um dos símbolos mais populares da Páscoa, mas poucas pessoas conhecem a origem e o significado desse animal na celebração religiosa. Acredita-se que a tradição do coelho da Páscoa tenha se originado na Europa, no início do século XVIII, mas suas raízes podem ser encontradas em antigas tradições pagãs.

Na mitologia pagã, o coelho era um símbolo de fertilidade e renovação, por causa de sua capacidade de se reproduzir rapidamente. Com a chegada do cristianismo, essa simbologia se incorporou à celebração da Páscoa, que marca a ressurreição de Jesus Cristo. Dessa forma, o coelho passou a representar a renovação da vida e a fertilidade que a primavera traz consigo.

Além disso, é um elemento importado da mitologia alemã, tendo chegado ao Brasil no século XVII. Nesse sentido, os coelhos estão associados à deusa germânica da fertilidade, Eostre ou Ostara, celebrada em rituais realizados com a chegada da primavera.

Atualmente, o coelho é um personagem muito popular em histórias infantis e em decorações de Páscoa, geralmente representado com uma cesta de ovos coloridos ou comendo uma cenoura. Embora a tradição do coelho da Páscoa tenha raízes pagãs, sua incorporação à celebração cristã é um exemplo de como a cultura e a religião se misturam ao longo do tempo.

2 – Ovos de Páscoa

Os ovos são outro símbolo bastante presente na celebração da Páscoa, tanto no aspecto religioso quanto no aspecto comercial. A tradição de presentear ovos de Páscoa remonta a culturas antigas, como a egípcia, a grega e a romana, que já associavam os ovos ao renascimento e à fertilidade.

No cristianismo, os ovos de Páscoa ganharam um novo significado, representando a ressurreição de Jesus Cristo. A casca do ovo simboliza o sepulcro de Cristo, que foi aberto pela sua ressurreição, enquanto a gema representa a vida que ressurgiu da morte. A tradição de colorir os ovos de Páscoa também tem origem na Europa, onde as pessoas costumavam decorar ovos com tintas naturais para presentear amigos e familiares na época da Páscoa.

Com o passar dos anos, a tradição dos ovos de Páscoa se tornou cada vez mais comercializada, e hoje em dia é comum encontrar ovos de chocolate em supermercados e lojas especializadas. Ainda assim, muitas pessoas mantêm a tradição de presentear ovos de Páscoa artesanais ou decorados em casa, como uma forma de manter a conexão com a história e o significado religioso da celebração.

Sendo assim, esse foi um hábito adotado pelos cristãos até que se transformou no costume dos ovos de chocolates que se tem atualmente. Entretanto, existem comunidades e países que mantém a tradição original.

3 – Peixe

O peixe é um outro símbolo presente na celebração da Páscoa, especialmente na cultura cristã. Essa associação se dá em parte pelo fato de que o peixe era um alimento muito comum na época em que Jesus viveu, e também por causa de algumas passagens bíblicas que mencionam o peixe de forma simbólica.

Uma das mais famosas dessas passagens é a multiplicação dos pães e dos peixes, descrita nos evangelhos como um milagre realizado por Jesus. Além disso, muitos dos discípulos de Jesus eram pescadores, e ele próprio teria dito a alguns deles: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4:19).

Na cultura cristã, o peixe passou a ser associado à ideia de renovação espiritual e à vida eterna, e é frequentemente usado como um símbolo discreto em decorações de Páscoa. Uma das formas mais conhecidas de representar o peixe na Páscoa é o ichthys, um símbolo que se assemelha a um peixe estilizado e que foi muito usado pelos primeiros cristãos como uma forma de identificação e de comunicação entre eles.

Além disso, em algumas regiões do mundo, é comum que as famílias católicas não comam carne vermelha durante a Quaresma, o período que antecede a Páscoa, e optem por consumir peixes em vez disso. Essa tradição tem origem na ideia de que a carne vermelha seria um alimento mais “pesado” e que o peixe, por sua vez, seria mais leve e mais adequado para o período de penitência e de reflexão que antecede a celebração da Páscoa.

Por outro lado, a etimologia da palavra peixe no grego clássico forma um ideograma importante. Ou seja, retira-se da palavra original “Ichthys” um ideograma que, em sua tradução, significa “Jesus Cristo, Filho de Deus e Salvador”.

4 – Cordeiro

Na tradição judaica, o cordeiro é um símbolo importante na celebração da Páscoa, também conhecida como Pesach. Essa celebração tem origem na história bíblica do Êxodo, que narra a libertação dos hebreus da escravidão no Egito, por Moisés, e é considerada uma das mais importantes do calendário judaico.

De acordo com essa história, Deus teria ordenado aos hebreus que sacrificassem um cordeiro e o comessem durante a noite do primeiro dia da festa de Pesach, como forma de marcar a passagem da escravidão para a liberdade. O sangue do cordeiro também teria sido usado para marcar as portas das casas dos hebreus, como forma de protegê-los do anjo da morte, que teria passado pelo Egito matando todos os primogênitos.

Por causa dessa tradição, o cordeiro tornou-se um símbolo importante na celebração da Páscoa judaica, representando tanto a libertação do povo hebreu quanto a ideia de sacrifício e redenção. Além disso, a carne de cordeiro é muitas vezes consumida durante a celebração da Páscoa judaica, seja em casa ou em refeições comunitárias.

Na cultura cristã, o cordeiro também é um símbolo importante, representando Jesus Cristo como o “cordeiro de Deus”, que teria sido sacrificado para redimir os pecados da humanidade. Essa ideia é reforçada em várias passagens bíblicas, como por exemplo em João 1:29, que diz: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”.

Assim como na tradição judaica, o cordeiro na cultura cristã também representa a ideia de sacrifício e redenção. No entanto, é mais usado em contextos religiosos do que em refeições comuns. Por exemplo, em algumas igrejas cristãs, é comum que sejam usados símbolos de cordeiros em decorações ou em pinturas que retratam a Páscoa.

5 – Círio Pascal

O Círio Pascal é um dos símbolos da celebração da Páscoa na tradição cristã, especialmente na Igreja Católica. Ele consiste em uma vela grande, geralmente decorada com símbolos religiosos, como a cruz, a letra grega alfa e ômega e as letras IHS, que representam o nome de Jesus em latim.

O Círio Pascal é aceso na noite da Vigília Pascal, que é a celebração mais importante da Páscoa cristã. Essa vela é acesa a partir do “fogo novo”, que é abençoado pelo padre durante a cerimônia, simbolizando a luz da ressurreição de Cristo.

Durante a Vigília Pascal, o Círio é carregado solenemente pelo padre ou por um coroinha, que o leva ao redor da igreja, acompanhado pelos fiéis que carregam velas menores. Enquanto o Círio é levado em procissão, o padre canta “Lumen Christi” (“Luz de Cristo”), anunciando a ressurreição de Jesus e a vitória da luz sobre as trevas.

Além de representar a luz da ressurreição, o Círio Pascal também simboliza a presença de Cristo na comunidade cristã. Por essa razão, é comum que a vela seja decorada com as letras IHS, que representam o nome de Jesus em latim, e com outros símbolos que remetem à vida e à obra de Cristo, como a cruz e o peixe.

6 – Pão e Vinho

O pão e o vinho são símbolos de destaque na tradição cristã, especialmente na celebração da Eucaristia, também conhecida como Santa Ceia. Essa cerimônia é uma das mais importantes para os cristãos, pois representa a comunhão com Cristo e a renovação da aliança entre Deus e os homens.

O pão é considerado o corpo de Jesus Cristo, enquanto o vinho representa o seu sangue. Durante a celebração da Eucaristia, o padre abençoa o pão e o vinho, transformando-os no corpo e sangue de Cristo através de um processo conhecido como transubstanciação.

Para os cristãos, a Eucaristia é uma forma de comungar com Deus e de se unir à comunidade cristã. É uma celebração que remete à última ceia de Jesus com os seus discípulos, onde ele partiu o pão e bebeu o vinho com eles, pedindo que fizessem o mesmo em sua memória.

O pão e o vinho, além disso, eram alimentos comuns na Antiguidade. Desse modo, estão associados ao momento em que Jesus Cristo estabeleceu esses alimentos para simbolizar seu corpo e sangue, durante a Última Ceia.

Assim, o pão e o vinho passaram a significar a ligação entre criador e criatura. Além disso, simbolizam a presença divina entre os homens, em especial por serem alimentos simples entre diferentes classes sociais.

7 – Colomba Pascal

A colomba pascal é um doce tradicional da culinária italiana, que se tornou popular no Brasil como um símbolo da Páscoa. Ela é semelhante ao panetone, mas tem uma forma diferente, em formato de pomba, que representa a paz e a renovação.

A origem da colomba pascal remonta ao século VI, na região da Lombardia, na Itália. Segundo a tradição, durante um cerco militar, a população da cidade de Pavia estava sofrendo com a escassez de alimentos. O bispo local, São Eusébio, decidiu pedir a seus fiéis que fizessem um pão com a forma de uma pomba, para simbolizar a paz e a libertação do cerco. A iniciativa foi um sucesso, e liberaram a cidade pouco tempo depois.

Com o passar dos anos, o pão em forma de pomba se tornou um símbolo da Páscoa, e ganhou o nome de colomba pascal. Ela é feita com massa de pão doce, recheada com frutas cristalizadas ou chocolate, e decorada com açúcar e amêndoas.

Além de ser uma delícia, a colomba pascal tem um significado especial para os cristãos, representando a paz e a renovação que simbolizam a ressurreição de Cristo. É uma forma de celebrar a Páscoa em família e com os amigos, reforçando os valores de fraternidade e solidariedade que são tão importantes para a fé cristã.

8 – Sinos na Páscoa

Os sinos são um símbolo tradicional da Páscoa, especialmente na tradição católica. Durante a Semana Santa, os sinos são silenciados em sinal de luto pela morte de Jesus, e só voltam a tocar no Domingo de Páscoa, anunciando a ressurreição de Cristo.

A tradição dos sinos na Páscoa remonta a séculos atrás, quando ainda não havia relógios e as pessoas usavam os sinos para marcar as horas do dia. Além de representar a ressurreição de Cristo, os sinos na Páscoa também simbolizam a alegria e a esperança que acompanham essa celebração. É como se eles anunciassem ao mundo a boa nova da ressurreição, trazendo uma mensagem de paz e renovação para todos os fiéis.

Nos dias de hoje, os sinos ainda têm um papel importante na celebração da Páscoa, principalmente nas igrejas católicas. Eles são tocados com entusiasmo no Domingo de Páscoa, anunciando a alegria da ressurreição de Cristo e convidando os fiéis a participarem da celebração.

Além disso, os sinos são objetos que ficam nos pontos mais altos das torres, ou seja, mais próximos do céu. Ademais, esses instrumentos ressoam em diferentes ritmos e com diferentes significados.

9 – Óleos Santos

Os óleos santos aparecem em diversos ritos e sacramentos da Igreja, como a Unção dos Enfermos, o Batismo e a Crisma.

Existem três tipos de óleos santos: o Óleo dos Catecúmenos, o Óleo dos Enfermos e o Santo Crisma. Cada um deles tem uma finalidade específica na tradição cristã e é abençoado pelo bispo durante a Missa da Unidade, que acontece na Quinta-feira Santa.

O Óleo dos Catecúmenos é usado durante o rito do Batismo. É uma forma de ungir a pessoa que está sendo batizada e protegê-la de todo mal. Já o Óleo dos Enfermos é usado durante a Unção dos Enfermos. É uma forma de aliviar o sofrimento e fortalecer a pessoa em sua luta contra a doença.

Por fim, o Santo Crisma é o óleo mais importante e simbólico da tradição cristã. Está presente em diversos ritos sacramentais, como a Crisma, a Ordenação de Sacerdotes e a Dedicação de Altares. O Santo Crisma é visto como uma representação da presença do Espírito Santo na Igreja. Ele é usado para ungir as pessoas e objetos que serão dedicados a Deus.

Comumente, os óleos santos representam o Espírito Santo em suas diferentes nuances. Desse modo, estão associados à força, plenitude e poder libertador associados a essa força religiosa. Porém, na Antiguidade, também eram uma forma de proteção divina durante batalhas. Assim, os óleos santos simbolizam a força e defesa contra os males, por meio da benção do Espírito Santo.

10 – Girassol

O girassol é uma flor que tem um significado especial na Páscoa, tanto para a tradição cristã quanto para outras crenças e culturas. Essa flor é famosa por sua beleza e por seguir a trajetória do sol ao longo do dia, sempre se virando em sua direção.

Para os cristãos, o girassol simboliza a ressurreição de Jesus Cristo, que aconteceu no domingo de Páscoa. Assim como a flor segue a luz do sol, os cristãos acreditam que devem seguir a luz de Cristo em suas vidas. Além disso, o girassol representa a fé e a esperança na vida eterna, que são valores fundamentais da tradição cristã.

Já em outras culturas, o girassol é visto como um símbolo de felicidade, alegria, energia e vitalidade. Ele também se associa à prosperidade e ao sucesso, representando a capacidade de crescer e florescer mesmo em condições difíceis.

Na linguagem das flores, o girassol tem um significado de admiração, lealdade e amizade verdadeira. Por isso, é comum presentear pessoas com a flor durante a Páscoa, como expressão de afeto e gratidão.

O girassol é uma flor muito versátil e rica em significados. É um símbolo importante não só na Páscoa, mas em diversas outras ocasiões e tradições. Sua beleza e imponência fazem dele uma presença marcante em jardins, campos e paisagens, inspirando e encantando pessoas de todas as idades e crenças.

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Fontes: Sifnificados | Toda Matéria | Brasil EscolaEducaMais Brasil

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