Para algumas espécies, o tempo no planeta Terra está se esgotando. Embora as forças naturais possam destruir ou sobrecarregar uma população animal, cada vez mais as atividades do homem colocam um grande número de animais em extinção.
Aliás, segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no Brasil, existem mais de mil espécies com risco de extinção. As causas que levam a esse alto número de animais em risco é grande.
Tráfico de animais, queimadas, desmatamento, bem como construção de hidrelétricas, poluição e caça predatória são apenas alguns dos motivos. Veja abaixo os principais animais em extinção no Brasil que podem sumir nos próximos anos.
26 Animais em extinção no Brasil
1 – Ararajuba
Em primeiro lugar, também conhecida como Guaruba, a ararajuba vem sofrendo com o tráfico e o desmatamento. Sua espécie vive na Amazônia, mas pouco se sabe sobre seus hábitos, o que torna ainda mais difícil sua conservação.
2 – Arara Azul
Em segundo lugar, encontrada na Amazônia e Pantanal, a arara azul é cobiçada por caçadores, já que suas asas azuis possuem grande valor no mercado internacional. O desmatamento de seu habitat também é um problema que pode levar esta espécie a desaparecer do planeta.
3 – Ariranha
Também chamado de lobo do rio ou lontra gigante, a ariranha sofre com a extinção devido a caça ilegal, poluição dos rios e pesca predatória, além da contaminação por mercúrio. Dessa maneira, ela é encontrada apenas no Pantanal e Amazônia.
4 – Baleia-franco-do-sul
A baleia-franco-do-sul vive no litoral brasileiro. Como resultado, ele sofre com a caça e pesca e com a poluição das águas.
5 – Cervo-do-pantanal
O maior cervídeo da América do Sul é encontrado no Pantanal, mas também vive na Amazônia e no Cerrado. A construção das hidrelétricas, o desmatamento e a caça ilegal são sua ameaça.
6 – Gato-macarajá
O gato-maracajá vive na Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica, na Pampa e no Pantanal. Aliás, ele sofre coma venda de sua pele a anos. Atualmente, o desmatamento é o maior problema da espécie.
7 – Lobo guará
O maior mamífero canídeo nativo da América do Sul, o lobo guará é encontrado no Pantanal, Pampas e Cerrado. Assim, seu grande problema é o desmatamento de seu habitat.
8 – Macaco-aranha
Encontrado na Amazônia, o macaco-aranha sofre frequentemente com a destruição de seu habitat, caça ilegal e o tráfico de animais.
9 – Mico-leão-dourado
O mico-leão-dourado vive na Mata Atlântica e sofre com o desmatamento e o tráfico de animais. Infelizmente, sua espécie já foi quase eliminada ao longo das últimas décadas. Contudo, ainda existem poucas versões nas florestas do estado do Rio de Janeiro.
10 – Onça-Pintada
O maior felino das Américas, a onça-pintada é encontrada em quase todo o Brasil, com exceção do Pampa, no qual já está extinta. Desse modo, a destruição de seu habitat e sua pele possui grande valor de venda no mercado mundial, o que incentiva a caça ilegal e predatória.
11 – Tamanduá-bandeira
O tamanduá-bandeira vive na Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica e no Pantanal. Desse modo, ele está ameaçado de desaparecer devido as frequentes queimadas nas regiões em que vive, bem como a criação de gado e o desmatamento.
12. Boto-cor-de-rosa
Mamífero de água doce, o boto é encontrado nos rios da Amazônia. Apesar de parecer os golfinhos, esses animais não convivem em grupos e dificilmente saltam para fora da água. Portanto, a seca, o desmatamento, a pesca e a ocupação humana, colocaram os botos em situação de perigo na natureza.
13. Tartaruga-de-pente
A tartaruga-de-pente é outro exemplo de animal em perigo. Em suma, essa tartaruga vive no litoral da Bahia, e tem esse nome porque, antigamente, o seu casco servia para fazer pentes. Com efeito, hoje, o que mais ameaça a espécie é a poluição marinha.
14. Muriqui-do-norte
O Muriqui-do-norte é o maior primata das Américas existente apenas na Mata Atlântica. Desse modo, a espécie sofre com o desmatamento da região e a caça ilegal e indiscriminada.
15. Muriqui-do-sul
Não confunda com o muriqui-do-norte! O Brachyteles arachnoides vive mais ao sul, embora no mesmo bioma de seu primo do norte: a Mata Atlântica. Em São Paulo, ele pode ser encontrado na Serra da Mantiqueira. Já no Rio, na Serra da Bocaina.
Há séculos que a Mata Atlântica é um dos biomas brasileiros que mais sofrem com as atividades humanas. Desse modo, a espécie vem sofrendo com a perda e fragmentação do habitat.
16. Sapo-da-terra
A população de sapos-da-terra não para de diminuir. A razão para isso também é a perda de habitat por causa das atividades econômicas e/ou crescimento das cidades.
Sapos-da-terra vivem em brejos que estão cada vez mais drenados para dar lugar a pastagens, plantações ou para urbanização.
17. Jacutinga
A jacutinga é uma ave de médio porte endêmica da Mata Atlântica. Assim como a maioria dos animais dessa lista esta espécie vem sofrendo com a caça e perda do habitat.
Aliás, em alguns estados ela já foi extinta, sendo possível encontrá-la somente no Sul e Sudeste do país. Por isso, é considerada uma espécie em perigo de extinção, de acordo com o Livro Vermelho do ICMBio (2016).
18. Lagartixa-da-areia
A lagartixa-da-areia (Liolaemus lutzae) é uma espécie endêmica do Rio de Janeiro e pode ocupar faixas de areia de até 200 km. A urbanização é a principal ameaça segundo o Livro Vermelho do ICMBio (2016), e por isso, a espécie está classificada como criticamente ameaçada de extinção.
19. Macaco-aranha-de-cara-preta
O macaco-aranha-de-cara-preta (Ateles chamek) é visto principalmente na Amazônia. A destruição de seu habitat, a caça ilegal e o tráfico de animais constituem as principais ameaças a espécie. Aliás, ela se encontra em risco vulnerável de extinção, de acordo com o Livro Vermelho do ICMBio (2016).
20. Morceguinho-do-cerrado
O morceguindo-do-cerrado (Lonchophylla dekeyseri) é uma espécie endêmica do Cerrado. O minúsculo animalzinho vive em cavernas e buracos espalhados pelo bioma.
O desmatamento, turismo desordenado e degradação ambiental, são as principais causas de ameaça de extinção da espécie, que está classificada em perigo pelo Livro Vermelho do ICMBio (2016).
21. Pica-pau-amarelo
O pica-pau-amarelo (Celeus flavus subflavus) é uma ave endêmica do Brasil, que originalmente poderia ser vista do Alagoas até o Rio de Janeiro.
Contudo, ultimamente raras aparições da ave tem ocorrido na Bahia e no Espírito Santo. Além disso, estima-se que existam aproximadamente 250 indivíduos atualmente.
As principais ameaças a sua sobrevivência estão relacionadas ao seu habitat, que sofre influência do desmatamento e das queimadas.
22. Saíra-militar
O saíra-militar (Tangara cyanocephala cearensis) é outra ave endêmica da Mata Atlântica. Além disso, sua pelagem se distingue pelas cores vivas e brilhantes. No entanto, a espécie sofre com o desmatamento das regiões e o tráfico de animais.
23. Sapo-folha
O sapo-folha (Proceratophrys sanctaritae) é uma espécie endêmica do Brasil. Aliás, ele foi descoberto em 2010 na Serra do Timbó, no estado da Bahia. Entretanto, a espécie já corre risco crítico de extinção por causa do desmatamento do seu habitat por meio do cultivo de cacau, banana e das pastagens.
24. Soldadinho-do-araripe
O soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni) é uma ave que vive na caatinga, em área restrita da Chapada do Araripe, no interior do Ceará.
Desse modo, a grande ameaça que a espécie enfrenta é o desmatamento da região, por causa da criação de gado, monoculturas e o crescimento desordenado das cidades.
Portanto, segundo o Livro Vermelho do ICMBio (2016), a espécie é classificada como criticamente ameaçada de extinção.
25. Tartaruga-oliva
A tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) é uma espécie altamente migratória. Desse modo, ela costuma colocar seus ovos no litoral do sul do Alagoas e no norte da Bahia.
Todavia, atualmente a espécie ainda enfrenta problemas como a caça ilegal, pesca acidental, bem como a poluição das água; provocando assim o risco de extinção, que segundo o Livro Vermelho do ICMBio (2016), é classificada na categoria em perigo.
26. Tatu-bola
Por fim, o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), assim como o soldadinho-do-Araripe também é um animal endêmico da Caatinga. Contudo, estima-se que a população desta espécie já diminuiu cerca de 45% em um período de 20 anos.
Os principais motivos que fazem este animal ser considerado em risco de extinção são a degradação ambiental e a caça.
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Fontes: Pensamento Forte, Toda Matéria, NSC Total, Brasil Escola
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