20 fatos e curiosidades sobre o ronco que você deveria saber

O ronco é algo comum, no entanto, ele pode indicar problemas de saúde mais sérios e também causar a separação de casais. Clique e saiba mais!

O ronco é um fenômeno comum que ocorre durante o sono devido à vibração dos tecidos da garganta quando o ar passa por eles de forma obstruída. Geralmente, por esse motivo, é associado ao relaxamento dos músculos da garganta e pode ser causado por diversos fatores, como obesidade, consumo de álcool, tabagismo e posição usada para dormir.

Curiosamente, estudos mostraram que o ronco pode variar de intensidade ao longo da noite, atingindo picos durante o estágio mais profundo do sono, conhecido como sono REM. Além disso, há uma prevalência maior de ronco entre homens e pessoas mais velhas, embora qualquer indivíduo possa passar por ele em algum momento da vida.

E aí, vamos conferir algumas curiosidades sobre o ronco? Boa leitura!

20 fatos e curiosidades sobre o ronco que todo mundo deveria conhecer

1. Doenças alérgicas respiratórias podem contribuir

A alergia pode causar inflamação nas vias aéreas superiores, resultando em obstrução parcial do fluxo de ar durante o sono. Isso pode levar ao aumento da resistência das vias respiratórias, levando ao ronco.

Outro fator é a congestão nasal associada às alergias respiratórias. A congestão nasal pode aumentar a resistência ao fluxo de ar, especialmente durante o sono, quando os músculos das vias aéreas superiores relaxam. Isso pode levar ao estreitamento das vias respiratórias e ao aumento das vibrações dos tecidos moles, resultando em ronco.

Além disso, as alergias respiratórias, como a rinite alérgica, estão frequentemente associadas à síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), um distúrbio caracterizado por episódios repetidos de obstrução das vias aéreas durante o sono. Embora o ronco seja um sintoma comum da SAOS, nem todas as pessoas que roncam têm esse distúrbio. Mas as alergias respiratórias podem aumentar o risco de desenvolver SAOS em algumas pessoas.

2. Roncar não é normal

O ronco é comum e muitas vezes inofensivo, mas também pode ser um sintoma de problemas de saúde subjacentes. Quando o ronco é persistente e alto, pode indicar condições como apneia do sono, uma condição em que a respiração é interrompida durante o sono.

A apneia do sono não tratada pode levar a complicações sérias, incluindo pressão alta, problemas cardíacos, acidentes de trânsito devido à sonolência diurna e redução da qualidade de vida. Mesmo que o ronco não seja causado pela apneia do sono, ainda pode interferir no sono, causar fadiga diurna e levar a problemas de saúde mental e física a longo prazo.

3. O sobrepeso é uma das causas

O sobrepeso é frequentemente associado ao ronco devido a uma série de razões fisiológicas. Estudos científicos têm investigado essa relação, e um dos mecanismos propostos é o acúmulo de tecido adiposo ao redor da garganta e do pescoço, o que pode levar ao estreitamento das vias aéreas superiores durante o sono.

De acordo com um artigo publicado no Journal of Clinical Sleep Medicine, em 2008, intitulado “Obesity and Obstructive Sleep Apnea-Hypopnea Syndrome: The Impact of Weight Loss”, o aumento da massa corporal está diretamente relacionado ao ronco e à síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS).

O estudo revela que o excesso de gordura depositada na região do pescoço e da garganta pode causar uma compressão das vias aéreas, resultando em obstrução parcial ou completa do fluxo de ar durante o sono.

4. Sim, homem ronca mais que a mulher

O ronco é mais comum em homens do que em mulheres, e isso tem a ver com diferenças anatômicas e fatores de estilo de vida. Em termos anatômicos, os homens tendem a ter vias aéreas superiores mais estreitas do que as mulheres, o que pode levar a uma maior propensão ao ronco.

Outro fator é o tamanho das amígdalas e adenoides, que tendem a ser maiores nos homens do que nas mulheres. Além das diferenças anatômicas, os homens também têm maior probabilidade de apresentar características específicas de estilo de vida que contribuem para o ronco, como o consumo excessivo de álcool, tabagismo e excesso de peso.

5. O ronco piora com a idade

Os tecidos na garganta tendem a perder elasticidade e tonacidade com o tempo, o que pode levar a um estreitamento das vias aéreas superiores durante o sono. Além disso, o ganho de peso ao longo dos anos é comum e pode aumentar a pressão sobre as vias respiratórias, contribuindo para o colapso parcial delas durante o sono.

Conforme envelhecemos, há uma maior probabilidade de desenvolvermos apneia do sono devido a mudanças na estrutura das vias respiratórias, ganho de peso e outros fatores relacionados ao envelhecimento. 

6. Amídalas grandes e desvio de septo podem influenciar

As amídalas grandes, também conhecidas como hipertrofia das amídalas, podem obstruir parcialmente as vias respiratórias superiores, especialmente durante o sono, quando os músculos da garganta relaxam.

Por outro lado, o desvio de septo é uma condição em que o septo nasal, a estrutura que separa as duas narinas, está desviado para um lado. Isso pode causar obstrução nasal, dificultando a passagem do ar durante a respiração, especialmente quando a pessoa está deitada.

7. Álcool e medicamentos tranquilizantes pioram o quadro

Tanto o álcool quanto os tranquilizantes relaxam os músculos da garganta, o que pode aumentar o colapso das vias aéreas superiores durante o sono, intensificando o ronco.

Além disso, essas substâncias podem contribuir para a sonolência excessiva, levando a um sono mais profundo e relaxado. Isso pode resultar em uma maior probabilidade de ocorrer apneia do sono, uma condição em que a respiração é interrompida temporariamente durante o sono, exacerbando ainda mais o ronco.

O álcool também pode causar inflamação e irritação nas vias respiratórias superiores, aumentando a probabilidade de congestionamento nasal e obstrução das vias aéreas, o que pode ajudar, e muito, para o aparecimento do ronco.

8. Barriga pra cima faz qualquer um roncar

Quando você se deita nessa posição, a língua e os tecidos moles da garganta podem cair para trás, obstruindo parcialmente as vias respiratórias. Isso pode levar a uma respiração mais ruidosa durante o sono, resultando em ronco.

Para algumas pessoas, especialmente aquelas com apneia obstrutiva do sono, dormir de barriga para cima pode agravar os sintomas, já que a obstrução das vias aéreas pode se tornar mais acentuada nessa posição.

9. Roncar pode ser um indicativo de problema de saúde mais grave

O ronco pode ser mais do que apenas um incômodo para quem dorme ao lado. Em muitos casos, ele pode ser um indicativo de problemas de saúde mais graves. Uma das condições mais associadas ao ronco é a apneia do sono, onde ocorrem pausas na respiração durante o sono devido ao colapso das vias respiratórias.

Essas pausas podem levar a uma diminuição nos níveis de oxigênio no sangue, causando um impacto negativo na saúde cardiovascular, aumentando o risco de hipertensão, doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC).

10. Existem exercícios para amenizar o ronco

Exercícios de fortalecimento da musculatura dessas regiões podem ajudar a manter as vias aéreas superiores abertas durante o sono, reduzindo assim a vibração que leva ao ronco. Esses exercícios podem incluir movimentos como abrir e fechar a boca, movimentar a língua para cima, para baixo e para os lados, bem como exercícios de soprar e sugar utilizando a língua.

11. Soluções disponíveis no mercado nem sempre cumprem o que prometem

No mercado, há uma variedade de soluções oferecidas para combater o ronco, desde adesivos nasais até aparelhos bucais. No entanto, muitas dessas soluções não cumprem completamente suas promessas. Isso ocorre porque o ronco pode ter múltiplas causas, e o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. Esse é exatamente o ponto da questão.

12. O maior índice de pessoas que roncam está na Itália

Na Itália, o ronco é um fenômeno generalizado, e estatísticas indicam que o país possui um dos maiores índices de pessoas que roncam no mundo. Esse padrão pode ser atribuído a uma série de fatores, incluindo a prevalência de obesidade, tabagismo e consumo excessivo de álcool, todos os quais são conhecidos por aumentar o risco de ronco.

13. Roncar é hereditário

O ronco é um problema comum que afeta muitas pessoas e pode ser influenciado por uma variedade de fatores, incluindo predisposição genética. Estudos têm mostrado que existe uma conexão entre o ronco e a hereditariedade, sugerindo que pessoas cujos familiares diretos sofrem de ronco têm uma maior probabilidade de também apresentar esse problema.

A herança genética pode influenciar a estrutura das vias respiratórias, a forma do palato mole e outros aspectos anatômicos relacionados à respiração durante o sono, tornando algumas pessoas mais propensas a roncar do que outras.

14. Volume de um ronco é equivalente a uma obra

Quando alguém entra em um profundo sono e começa a emitir sons que ecoam pelo ambiente, é como se uma sinfonia de ruídos indesejados ganhasse vida. O ronco, muitas vezes, alcança níveis que rivalizam com o estrondo de máquinas pesadas em uma construção, preenchendo o espaço com um barulho que perturba não apenas o próprio sono, mas também o sossego dos que estão ao redor.

15. Causa divórcios

O distúrbio do sono causado pelo ronco frequente pode resultar em irritabilidade, fadiga e falta de sono para o companheiro.

Além disso, o ronco crônico pode levar à deterioração da qualidade de vida do casal, interferindo no bem-estar emocional e físico de ambos. A falta de sono adequado devido ao ronco pode levar a problemas de saúde a longo prazo, como fadiga crônica, depressão e até mesmo problemas cardíacos.

16. Há diferentes tipos de roncos

O ronco primário é o tipo mais comum, geralmente causado pela vibração das estruturas da garganta durante o sono devido à obstrução parcial das vias aéreas. O ronco ocasional pode ser resultado de fatores temporários, como posição inadequada ao dormir ou consumo de álcool.

Por outro lado, o ronco crônico pode ser um sintoma de distúrbios respiratórios, como apneia do sono, onde a respiração é interrompida repetidamente durante a noite, exigindo atenção médica especializada para diagnóstico e tratamento adequados.

17. Roncar atrapalha a rotina de sono

O ronco é um problema comum que pode ter um impacto significativo na qualidade do sono e, consequentemente, na rotina diária das pessoas. Estudos brasileiros têm destacado a prevalência do ronco e sua associação com distúrbios do sono.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Sono, aproximadamente 33% dos brasileiros adultos roncam, e esse número tende a aumentar com a idade.

18. O ronco pode causar disfunção erétil

A apneia do sono pode levar a interrupções na oxigenação do corpo durante a noite, afetando negativamente a função erétil ao longo do tempo. Além disso, o ronco frequente pode resultar em distúrbios do sono para o parceiro. Causa estresse e tensão no relacionamento, o que também pode contribuir indiretamente para a disfunção erétil devido ao impacto psicológico.

19. Comer e beber antes de dormir pode causar ronco

Beber e comer antes de dormir podem influenciar significativamente para esse problema que costuma incomodar muita gente. O consumo de álcool relaxa os músculos da garganta, o que pode levar a um aumento do ronco, já que os músculos se tornam mais relaxados e propensos a obstruir as vias respiratórias durante o sono.

20. Ronco não significa sono profundo

Embora seja uma crença comum que o ronco indique um sono profundo e tranquilo, na realidade, isso nem sempre é verdadeiro. Esse problema é frequentemente associado à apneia do sono, um distúrbio em que a respiração é interrompida durante o sono devido ao estreitamento das vias aéreas. Essas interrupções na respiração podem causar despertares breves, resultando em um sono fragmentado e de baixa qualidade, mesmo que a pessoa ronque alto.

E aí, gostou de conferir um poquinho dessas curiosidades relacionadas ao ronco? Aproveite e leia também: Respiração – Como funciona, importância e e relação com as emoções

Fontes: Vogue, CPAPS, Persono, Otomed, Dement, D., Kominsky, A., Bentley, J., Winner, P., & Meggs, W. J. (1999). Allergic rhinitis symptoms and nasal congestion in children are associated with increased nocturnal respiratory effort. Otolaryngology-Head and Neck Surgery, 121(3), 306-310.

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