Você nunca deve ter parado para pensar, mas há curiosidades sobre águas-vivas realmente incríveis. Esses animais não possuem um sistema nervoso centralizado, cérebro ou coração, mas têm uma rede nervosa simples que lhes permite responder a estímulos do ambiente.
Além de suas características biológicas, as águas vivas desempenham um papel crucial nos ecossistemas marinhos. Eles são parte importante da cadeia alimentar, dependendo da alimentação para diversas espécies, incluindo tartarugas e peixes.
E aí, vamos saber um pouco mais sobre esses animais fascinantes? Boa leitura!
20 curiosidades incríveis sobre águas-vivas
1- Não possui cérebro
As águas-vivas, apesar de serem animais complexos e possuírem um sistema nervoso, não têm um cérebro centralizado como muitos outros animais. Em vez disso, elas possuem um sistema nervoso difuso, com células nervosas espalhadas por todo o corpo, permitindo que elas respondam a estímulos e coordenem suas atividades sem a necessidade de um órgão central de processamento, como o cérebro.
2- A água-viva não ataca os seres humanos
O mito de que as águas vivas atacam os seres humanos é infundado. Embora algumas espécies possam causar algum tipo de desconforto no contato com a pele humana, devido aos seus tentáculos urticantes, as águas-vivas não são agressivas e não atacam intencionalmente.
Sendo assim, na verdade, eles são animais pacíficos que não possuem capacidade de caçar ou ferir humanos. Esse mito provavelmente surgiu devido ao desconhecimento e ao medo de animais marinhos, mas não reflete a realidade do comportamento desses fascinantes seres invertebrados.
3- Já foram para o espaço
As águas-vivas foram enviadas ao espaço em experimentos realizados pela NASA na década de 1990 para estudar os efeitos da microgravidade em seu desenvolvimento. Durante a missão, as medusas foram colocadas em frascos com água do mar artificial, mas ao retornar à Terra, apresentaram problemas de adaptação, como dificuldades para pulsar e se locomover.
4- Todas as medusas pertencem a mesma espécie
As medusas podem ser definidas em diferentes grupos, como as da classe Scyphozoa, que são as medusas verdadeiras, e as da classe Hydrozoa, que incluem formas de vida que podem apresentar desenvolvimentos medusóides.
Portanto, existem mais de 200 espécies de medusas conhecidas, cada uma com características específicas em termos de tamanho, forma, núcleo e habitat.
5- Um dos seres multicelulares mais antigos do planeta
As águas-vivas são consideradas um dos seres multicelulares mais antigos do planeta, com registros fósseis datando de aproximadamente 500 milhões de anos atrás, durante o período Cambriano. Sua estrutura corporal simples, composta por duas camadas celulares com uma cavidade digestiva entre elas, é uma das características que lhes permitiram sobreviver e se adaptar a diferentes ambientes marinhos ao longo de milhões de anos. Uma curiosidades sobre as águas-vivas realmente fascinante, né?
6- São seres que não se enroscam entre si
As águas-vivas, apesar de sua aparência delicada e curiosamente flutuante, têm um comportamento fascinante que impede de se enroscarem entre si, mesmo quando se encontram em grandes grupos, como cardumes. Acredita? Isso se deve à sua estrutura corporal gelatinosa e à maneira como se move através da água, utilizando pulsos rítmicos para propulsão.
Também, elas possuem um sistema nervoso difuso que lhes permite reagir rapidamente aos estímulos, evitando colisões. As medusas têm uma capacidade impressionante de perceber a presença de outras medusas ao seu redor, o que ajuda a manter uma distância segura umas das outras.
7- Elas têm olhos
As águas-vivas não possuem olhos no sentido tradicional, como os vertebrados, mas algumas espécies têm estruturas sensoriais chamadas ocelos, que são órgãos simples que detectam luz e movimento. Esses óculos permitem que as águas vivas percebam mudanças em seu ambiente, ajudando a navegar e a fugir dos seus predadores.
Além disso, vale mencionar que algumas medusas possuem estruturas chamadas estatocistas, que ajudam na percepção da gravidade e na orientação no espaço aquático.
8- Urinar na picada de água-viva não ameniza a dor
Essa é uma das curiosidades sobre águas-vivas mais peculiares. Concorda? Embora a urina possa conter substâncias que neutralizem algumas toxinas, ela não é eficaz no tratamento de picadas de água-viva. Na verdade, a urina pode irritar ainda mais a pele e se espalhar como células urticantes, agravando os sintomas.
9- Podem desaparecer sob o Sol
Quando expostas ao sol por longos períodos, especialmente fora da água, elas podem começar a desidratar e, eventualmente, “desaparecer” à medida que sua massa gelatinosa se reduz. Isso ocorre porque a maior parte do corpo das águas-vivas é composta de água, e a exposição ao calor e à luz solar pode causar a evaporação dessa água, levando à perda de volume e à interferência de suas células.
10- São capazes de se clonar
Algumas espécies de têm uma capacidade impressionante de se autoclonarem, um processo conhecido como estrobilização. Nesse aspecto, a medusa adulta produz uma série de discos empilhados, chamados estróbilos, que se separam e se desenvolvem em pequenas medusas idênticas, chamadas éfiras.
11- Algumas espécies podem brilhar no escuro
Outra curiosidade sobre as águas-vivas bem impressionante. Algumas espécies de águas vivas possuem capacidade de bioluminescência, o que permite brilhar no escuro. Essa observação é causada por reações químicas em células especializadas que produzem luz, e é uma estratégia adaptativa que desempenha várias funções, como atração de presas.
Dessa forma, quando ameaçadas, muitas medusas podem emitir flashes de luz para confundir ou desorientar seus predadores, aumentando suas chances de escapar.
12- Quase imortais
Algumas espécies de águas-vivas, como a Turritopsis dohrnii, são consideradas quase imortais devido à sua capacidade única de reverter seu ciclo de vida.
Embora não sejam verdadeiramente imortais, pois ainda estão sujeitos a danos irreparáveis e a predação, essa habilidade extraordinária de rejuvenescer ao tornar-se uma abordagem notável entre os animais multicelulares.
13- Elas foram o motivo para o desligamento de usinas nucleares
As águas-vivas são responsáveis por incidentes inesperados em usinas nucleares, especialmente devido à sua capacidade de obstruir sistemas de resfriamento. Em 2007, por exemplo, uma enorme quantidade de águas vivas da espécie Mnemiopsis leidyi causou o desligamento temporário da usina nuclear de Oskarshamn, na Suécia, ao entupir as entradas de água que resfriavam os reatores.
Diante disso, essa interferência não apenas comprometeu a operação da usina, mas também levantou preocupações sobre a segurança e a eficiência das instalações nucleares em face de especificações naturais.
14- Nem todas as águas-vivas possuem tentáculos
Parece inimaginável essa curiosidade sobre as águas-vivas, né? Embora a maioria delas seja conhecida pelos seus longos e flutuantes tentáculos, nem todas as espécies possuem essa característica.
Algumas medusas, como a Cassiopea, também conhecida como água-viva de cabeça para baixo, têm uma forma mais achatada e, em vez de tentáculos longos, apresentam estruturas que se assemelham a braços curtos ou podem até parecer estar sem tentáculos. Essas adaptações variam conforme o ambiente em que vive e suas estratégias de alimentação.
15- Do que as águas-vivas se alimentam
As águas-vivas são predadoras que se alimentam principalmente de pequenos organismos marinhos, como plâncton, peixes pequenos, larvas de crustáceos e outros invertebrados. Elas capturaram suas presas utilizando células especializadas chamadas cnidócitos, que estão localizadas em seus tentáculos.
16- A boca da água-viva também tem função de ânus
A boca das águas vivas desempenha uma função dupla, tanto para a ingestão de alimentos quanto para a excreção de resíduos, ou que é uma característica peculiar desse grupo de organismos. Em vez de ter um sistema digestivo separado com um ânus, as águas-vivas possuem um sistema digestivo simples, onde a boca se abre para uma cavidade gastrovascular que atua na digestão e na distribuição de nutrientes.
Diante disso, após a digestão dos alimentos, os resíduos são descartados pela mesma abertura, tornando o processo de alimentação e excreção mais eficiente em termos de estrutura corporal.
17- Maior água-viva do mundo
A maior água-viva do mundo é a Cyanea capillata, conhecida como água-viva-juba-de-leão, que pode atingir impressionantes 36 metros de comprimento, incluindo seus tentáculos. Essa espécie é encontrada principalmente nas águas frias do Oceano Atlântico Norte, Pacífico Norte e em regiões subárticas.
18- A menor espécie de água-viva é a segunda mais venenosa do mundo
A menor água-viva do mundo é a Carukia Barnesi, conhecida como água-viva do mar de Irukandji, que mede apenas cerca de 2,5 centímetros de diâmetro. Apesar de seu tamanho diminuto, essa espécie é considerada uma das mais venenosas do planeta, com seu veneno capaz de causar a síndrome de Irukandji, uma condição extremamente dolorosa que pode levar a complicações graves, incluindo aumento da pressão arterial, insuficiência cardíaca e até a morte em casos extremos.
19- A vespa-marinha é a mais venenosa e perigosa do mundo
A vespa-do-mar, cientificamente conhecida como Chironex fleckeri, é considerada o ser vivo mais venenoso do mundo e é encontrada principalmente nas águas do Oceano Índico e Pacífico, especialmente ao longo da costa nordeste da Austrália.
Acredite, ele pode medir entre 10 e 20 centímetros de comprimento, possui tentáculos que podem se estender até três metros, cobertos por milhões de células urticantes chamadas cnidócitos, que injetam um veneno extremamente potente. Uma picada de vespa-do-mar pode causar dor intensa, taquicardia e, em casos graves, levar à morte em questão de minutos, afetando o sistema nervoso e cardiovascular da vítima.
20- Capazes de queimar mesmo quando estão mortas
Por fim, uma última curiosidade sobre as águas-vivas é de que elas podem causar queimaduras mesmo quando não estão mais vivas devido à presença de células urticantes chamadas cnidócitos, que podem permanecer ativas por um tempo após a morte do animal.
Logo, essas células são responsáveis por liberar toxinas quando entram em contato com a pele, e podem ser ativadas por simples estímulos físicos, como o toque. Isso significa que, mesmo que esteja morta e flutuando na água ou tenha sido retirada do mar, seus tentáculos ainda podem causar dor e conforto se entrarem em contato com a pele humana.
E aí, o que achou de saber um pouco mais sobre esse animal fascinante? Conta pra gente! Aproveite e leia também: Descubra 8 fatos sobre o dólar de areia: o que é, características, espécies!
- Fonte: Mega Curioso, Pensamento Verde, Cobasi, Perito Animal